Trabalhadores da Santa Casa de Lisboa em greve por melhores salários

Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) cumprem hoje uma greve de 24 horas, que inclui uma concentração, para exigir a atualização salarial e a revisão de carreiras e enquadramento profissional, entre outros.

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Lusa
10/11/2022 13:02 ‧ 10/11/2022 por Lusa

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Em declarações à Lusa, Patrícia Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, adiantou que a concentração no Largo Trindade Coelho, frente à Santa Casa de Lisboa, estava, pelas 12:00, a "correr muito bem", encontrando-se no local "talvez 200 pessoas".

"O que está em causa são as opções de gestão da Santa Casa que continua a não privilegiar o aumento salarial de todos os trabalhadores, aumentos esses dignos, a questão do reforço de pessoal e as melhorias das condições de trabalho, continuam [os trabalhadores] com essa reivindicação", explicou.

De acordo com Patrícia Rodrigues, os trabalhadores "exigem que estas questões sejam revistas", lembrando o contexto macroeconómico "muito desfavorável".

"Os trabalhadores da Santa Casa continuam a suprir as necessidades dos mais excluídos mas, neste momento, sentem-se muitos desvalorizados quer em termos profissionais, salariais, e das próprias condições de trabalho efetivo com que desenvolvem a sua atividade profissional", sublinhou.

A sindicalista explicou também que, dependendo das negociações e da revisão do Acordo de Empresa e de propostas de tabelas salariais com os Recursos Humanos, que têm procuração por parte da Administração da Santa Casa, os trabalhadores "vão continuar a lutar" porque "é através da luta" que se vai "chamar a atenção para os seus problemas".

Em comunicado, o sindicato enumera as exigências dos trabalhadores da Santa Casa, nomeadamente: "a atualização anual de salários para todos, o descongelamento das progressões e contagem de todo o tempo para o seu efeito, uma diferenciação significativa entre níveis das tabelas salariais e entre as diferentes tabelas, o reforço de pessoal, a revisão de carreiras e do seu enquadramento profissional e uma contratação coletiva que valorize e reforce os direitos dos trabalhadores".

"Depois de, no início de 2022, a mesa [de negociações] ter novamente recusado aumentar o salário a todos, a situação dos trabalhadores a cada dia que passa vai-se agravando e existem poucas perspetivas de que algo venha a melhorar", pode ler-se na nota.

Paralelamente, o sindicato reconhece que a Administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa "não prioriza a melhoria das condições de trabalho nem, tampouco, o reforço de pessoal o que resulta na deterioração dos serviços e apoios prestados aos mais vulneráveis".

"A atuação da SCML não tem dignificado o processo negocial. A ausência de propostas ou as contrapropostas apresentadas à nossa proposta de revisão do acordo de empresa cingem-se à retirada de direitos já adquiridos e exemplo disso é a diminuição do número de férias e a majoração", refere a mesma nota.

Os trabalhadores cumprem hoje uma greve de 24 horas, entre as 00h00 e 24h00.

Leia Também: Greve dos técnicos de emergência com adesão de 90%

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