Rede importava droga da América Latina e raptou elemento. Há sete detidos
Droga chegava a Portugal "dissimulada em mercadorias lícitas". A AT apreendeu 240 quilogramas de cocaína numa carga de café, que levou ao rapto de um integrante da rede criminosa por outros elementos pensarem que "tinha sido desviada".
© Getty Images
País Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, esta quarta-feira, que desmantelou “uma relevante estrutura criminosa” dedicada ao tráfico de estupefacientes. Em comunicado, enviado às redações, a autoridade revelou que a rede “se dedicava à importação, a partir da América Latina, de consideráveis quantidades de cocaína dissimulada em mercadorias lícitas transportadas em contentores”, que era depois “distribuída por vários países europeus”.
A investigação teve início após a deteção, pela Autoridade Tributária e Aduaneira, de 240 quilogramas de cocaína “dissimulada numa carga de café”.
Durante a investigação, “levada a efeito no âmbito de inquérito titulado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal”, apurou-se que “estaria a ocorrer um crime de rapto” de um dos indivíduos encarregues de receber o produto estupefaciente em Portugal.
O motivo do rapto estaria relacionado com a apreensão da cocaína, após “alguns dos elementos do grupo criminoso se terem convencido que a droga, que sabiam ter chegado a Portugal, mas desconheciam ter sido apreendida, teria sido desviada por outros elementos do grupo”. Os autores do rapto foram detidos e a vítima libertada.
Após a detenção dos suspeitos, a PJ prosseguiu as investigações e deteve outros dois homens “fortemente indiciados de integrarem o mesmo grupo criminoso e de serem os responsáveis por todo o processo de importação da droga apreendida”.
No total, sete homens, com idades entre os 30 e 47 anos, foram detidos. Dos suspeitos, um é português e seis estrangeiros, “alguns já com antecedentes por vários tipos de ilícitos”,
Presentes a primeiro interrogatório judicial, os sete suspeitos ficaram sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.
As diligências realizadas “contaram com o apoio da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Guarda Nacional Republicana” e as “investigações prosseguem”, assegurou a PJ.
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