COP27: Ministro do Ambiente fala de pouca ambição na área da mitigação

O ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, salientou hoje as dúvidas que existem de que com os atuais compromissos de redução de emissões de gases com efeito de estufa se contenha o aumento da temperatura em 1,5ºC.

Notícia

© Getty Images

Lusa
20/11/2022 23:46 ‧ 20/11/2022 por Lusa

País

Ambiente

Num comentário, na RTP3, às conclusões da conferência da ONU sobre o clima, que terminou na madrugada de hoje em Sharm el-Sheikh, no Egito, Duarte Cordeiro concordou que, na área da mitigação, se não houve recuos também não houve avanços.

E salientou as dúvidas que existem de que, com os atuais compromissos dos países de reduzir os gases com efeito de estufa (GEE), se contenha o aumento da temperatura global em 1,5ºC (graus celsius), uma meta do Acordo de Paris sobre o clima em 2015 e que na conferência do Egito os países mantiveram como objetivo.

Na conferência da ONU, que durou mais de duas semanas, foi aprovado um acordo para a criação de um fundo para financiar perdas e danos climáticos de países pobres e vulneráveis, uma ambição dos países do sul global e um dos temas mais importantes da conferência.

Mas não foram feitos avanços substanciais na redução de emissões de GEE, algo que nomeadamente o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o vice-presidente da União Europeia, Frans Timmermans, lamentaram.

Na entrevista, no programa de informação 360º, Duarte Cordeiro saudou a criação do fundo para perdas e danos, mas alertou para a falta de ambição dos compromissos de redução de GEE.

Duarte Cordeiro considerou que a União Europeia esteve bem, pressionando para aumentar essa ambição, nomeadamente de se chegar ao pico das emissões de GEE já em 2025, e apresentou ela própria "mais responsabilidades". E lamentou que um conjunto de países tivesse procurado que não se registassem os avanços desejados.

Duarte Cordeiro salientou ainda que nesta matéria Portugal é dos países "mais progressistas" a nível europeu, nomeadamente nas energias renováveis, e reafirmou que o país pode mesmo antecipar metas, uma delas chegar a 80% de energias renováveis já em 2026.

Leia Também: COP27: Santos Silva considera "excelente" acordo sobre apoio financeiro

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas