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Autoridades resgatam animais domésticos durante cheias em Loures

Vários animais de pecuária terão morrido na sequência das inundações.

Notícias ao Minuto

18:50 - 09/12/22 por Ema Gil Pires

País Resgate animal

Foram vastas as consequências das inundações que, na noite de quarta-feira, se fizeram sentir no município de Loures, por causa das fortes chuvadas registadas na região de Lisboa. Muitas foram as habitações que ficaram inundadas, obrigando as equipas de socorro a deslocar-se aos locais mais afetados para ajudar as populações a manter-se em segurança.

Segundo confirmou o Notícias ao Minuto junto dos Bombeiros Voluntários de Loures e do Serviço Municipal de Proteção Civil, essa realidade obrigou as autoridades a levarem também a cabo operações de resgate de animais que se encontravam em habitações que ficaram submersas devido às cheias.

Destes trabalhos fez também parte o IRA - Intervenção e Resgate Animal, que explicou, numa publicação no Facebook, que, em conjunto com os Bombeiros Voluntários de Loures, "criou-se um dispositivo de segurança para se aceder aos cidadãos e animais" em situação de risco. 

Segundo a informação que foi entretanto confirmada pelo Notícias ao Minuto, foram resgatados três cães e um gato destas habitações, em conjunto com os residentes das mesmas.

Dois dos animais viriam a ser, imediatamente, devolvidos aos respetivos donos. Porém, os outros dois foram transportados "temporariamente" para o CROAL (Centro de Recolha de Animais de Loures), "uma vez que os detentores não tinham condições de habitabilidade", reporta o IRA.

As ações de resgate levadas a cabo pelas autoridades locais permitiram ainda, de acordo com o mesmo grupo de intervenção animal, identificar vários animais de pecuária - "suínos, ovinos e algumas espécies de aves" - que viriam a morrer por afogamento enquanto se encontravam guardadas "em instalações improvisadas junto às margens do rio".

De recordar que o mau tempo registado em Portugal, na noite de quarta para quinta-feira, provocou um total de 1.977 ocorrências, de acordo com a informação avançada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. O distrito mais afetado foi o de Lisboa, com 913 ocorrências.

Uma mulher, de 75 anos de idade, viria, inclusive, a morrer afogada em Algés, depois da casa onde habitava com o marido, localizada numa cave, ter ficado totalmente inundada. O outro residente no apartamento viria a resistir com vida ao sucedido.

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