Em dia de protestos do pessoal docente de Norte a Sul do país, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou presença na Escola Secundária de Ourém, onde deu breves declarações à imprensa antes de, a partir das 11h, dar uma aula-debate nesta mesma escola.
Por entre desejos de parabéns, por cumprir 74 anos de idade nesta segunda-feira, o chefe de Estado - que deu aulas durante longos anos na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa -, começou por recordar as condições "por vezes dificílimas" em que os professores trabalham.
Os professores são do mais importante que temos, conjuntamente com o pessoal da saúde, na função pública
"Recordemos a pandemia, problemas que por vezes têm na sua vida, no seu estatuto... têm muito mérito", continuou, reforçando: "Os professores são do mais importante que temos, conjuntamente com o pessoal da saúde, na função pública".
"Tudo começa na saúde e depois continua na educação", vaticinou Marcelo Rebelo de Sousa, garantindo serem "fundamentais para garantir a justiça, a igualdade e o progresso do país". Os professores são "fundamentais" e queixam-se "muitas vezes com razão" das suas condições." Uma preocupação que o chefe de Estado, "como professor", diz "acompanhar desde sempre", apesar de esta manifestação específica incidir sobre o ensino básico e secundário.
Esta é, no entanto, "uma preocupação muito justa", concluiu o Presidente da República.
O Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P.) convocou uma greve por tempo indeterminado, que arrancou a 9 de dezembro. Em causa estão as propostas de alteração aos concursos destes profissionais, entre outras exigências.
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