Em comunicado publicado na página do município na rede social Facebook é explicado que esta decisão foi tomada face à precipitação que se fez sentir durante as últimas horas, bem como devido aos danos em infraestruturas, o aluimento de terras e estradas de acesso ao concelho e a concelhos limítrofes.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Fronteira, Rogério Silva, explicou que "tudo o que são vias" naquele concelho atravessadas pela Ribeira Grande estão "intransitáveis", nesta altura.
"Isto significa que a ponte na Estrada Nacional 245 (EN245), que liga Alter do Chão a Fronteira, está submersa. A ponte no caminho municipal que liga Fronteira a Cabeço de Vide está submersa", indicou.
Também "a EN243, que liga Fronteira a Monforte, está intransitável porque sofreu uma derrocada, numa grande parte, entre os limites dos dois concelhos", acrescentou.
Apesar de estas vias estarem intransitáveis, a sede de concelho não está isolada", havendo estradas alternativas para entrar e sair daquela vila alentejana.
O mau tempo, de acordo com o autarca, provocou ainda "danos pontuais" em propriedades e há registo de animais "isolados" nos campos.
O autarca disse ainda que a ponte romana da Ribeira Grande, na EN245, que se encontra submersa, vai permanecer fechada ao trânsito após esta situação ser ultrapassada, para uma vistoria técnica à infraestrutura.
"Nós reportámos a situação e articulámos já com a Infraestruturas de Portugal", pelo que a empresa está "a par de tudo o que se está a passar", frisou.
O que ficou acordado é que, "mesmo depois de baixarem as águas, a via não vai reabrir antes de haver uma inspeção total à obra de arte", assegurou.
A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou hoje centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.
Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.
No distrito de Santarém, a chuva fez aumentar os caudais do rio Tejo, levando a Comissão Distrital de Proteção Civil a acionar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, dado o risco "muito significativo" de galgamento das margens do rio. Nesta bacia hidrográfica e na do Douro foi ativado o alerta amarelo.
Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal, que prevê acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
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