A ministra da Coesão Territorial visitou, esta quarta-feira, Campo Maior, em Portalegre, vila que foi amplamente atingida pelas fortes chuvas, e deixou uma palavra de solidariedade às famílias afetadas, garantindo que será encontrada "uma solução".
"Em primeiro lugar, uma palavra de solidariedade com as famílias, com os autarcas e felicitar o espírito de união que aqui conseguimos perceber", começou por dizer Ana Abrunhosa, em declarações aos jornalistas.
"Viemos sobretudo perceber o tipo de danos que temos. Aqui, estamos a falar de casas que ficaram completamente inundadas até ao teto, as famílias ficaram sem nada e, portanto, é importante ter essa percepção e, perceber agora, dentro dos mecanismos que apoio que temos, como é que podemos rapidamente apoiar as famílias, em parceria com os municípios", assinalou.
A governante destacou que é importante avaliar os prejuízos e, dessa forma, perceber os mecanismos disponíveis para solucionar os problemas.
"Perceber que há também aqui estragos em equipamentos e infraestruturas municipais, nas vias, em ribeiras, nas estradas. Portanto, agora é o momento de, com as autarquia, avaliarmos bem o que está em causa, os prejuízos, fazermos a avaliação financeira desses prejuízos, dentro dos instrumentos legais que temos para os apoios, e consoante o montante desses prejuízos, assim definiremos, muito em breve, que mecanismos é que podemos ter", notou.
"Como sabem, legalmente temos várias formas de apoio, podemos até, se os prejuízos atingirem um certo patamar, recorrer a níveis de ajuda internacionais. Agora é o momento de falar com as famílias, de as sossegarmos, de dizermos que vamos encontrar uma solução. Os autarcas com a Proteção Civil têm feito o seu trabalho no terreno, hoje achámos que era momento de vir dar uma palavra de solidariedade e perceber o que é que está em causa", acrescentou.
Ana Abrunhosa destacou ainda que "nenhuma habitação ficou estruturalmente" danificada, estando em causa o "recheio" das casas. A ministra lembrou que as famílias desalojadas "querem regressar o mais rapidamente possível", nesta que é uma época em que se aproxima o Natal e, por isso, é "urgente" encontrar "apoio para o mobiliário" das casas e repor as condições de segurança, de circulação, nas vias de comunicação.
Posteriormente, haverá outros trabalhos que demoram mais tempo, como a "limpeza das linhas de água".
Recorde-se que, esta quarta-feira, o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, estimou em “praticamente dois milhões de euros” os prejuízos sofridos no concelho, com o mau tempo na terça-feira, e disse aguardar por apoio do Governo.
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