Inês Tomás, a mãe da menina de 3 anos morta em Setúbal, em junho, ficará a aguardar julgamento em prisão preventiva, após ter sido detida pela Polícia Judiciária (PJ), na quinta-feira, por suspeitas de homicídio qualificado.
Por seu turno, o filho da alegada ama da criança, de 28 anos, ficou sujeito a apresentações periódicas, estando indiciado por tráfico de estupefacientes e ofensa à integridade física, diz a Lusa, que dá conta das medidas de coação conhecidas esta tarde de sexta-feira, proferidas pelo juiz presidente da Comarca de Setúbal, António Fialho.
Recorde-se que a mãe da criança, de 37 anos, e o padrasto tinham sido ouvidos pelas autoridades após a morte da menina, mas ficaram ambos em liberdade.
Os três primeiros detidos deste processo ficaram em prisão preventiva, em junho, tratando-se de uma mulher de 52 anos a quem a mãe da criança devia dinheiro, inicialmente identificada como ama, o seu marido, de 58 anos, e a filha, de 27 anos. Foram acusados de homicídio qualificado, rapto, extorsão e ofensas à integridade física.
A morte da menina ocorreu depois de a mãe ter ido buscá-la a casa da alegada ama, onde, segundo Inês Tomás, permaneceu durante cinco dias. A menina apresentava sinais evidentes de maus-tratos, como hematomas, pelo que foi chamada a emergência médica. Após ter sido assistida em casa da mãe, a criança foi transportada para o Hospital de São Bernardo e, apesar de ter sido alvo de manobras de reanimação, não sobreviveu aos ferimentos.
O coordenador da PJ de Setúbal, João Bugia, disse, na altura, que a mãe foi enganada e levada a entregar a filha devido a uma dívida de 400 euros que tinha para com a suspeita.
[Notícia atualizada às 17h29]
Leia Também: Morte de criança em Setúbal. Jéssica foi usada como correio de droga