O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou, este sábado, que os últimos três anos foram "muito maus", desejando para 2023 mais "paz".
Esta posição do chefe de Estado foi transmitida em Belém, durante a cerimónia de entrega da vela da Cáritas Portuguesa, intitulada 'Dez Milhões de Estrelas - Um Gesto Pela Paz'.
"O mundo precisa de paz. Há um ano ainda não tínhamos a guerra na Ucrânia, tínhamos outras guerras", começou por abordar Marcelo, lembrando os conflitos que continuam a existir noutros pontos do mundo e as "forças portuguesas de manutenção de paz" por ele "espalhadas.
"A paz é inseparável do que se chama justiça, do que se chama desenvolvimento, do que se chama igualdade, do que se chama liberdade, do que se chama condições económicas e sociais devida. É construída, todos os dias, aqui ao nosso lado, na nossa rua, no nosso bairro, na nossa aldeia, na nossa vila, na nossa cidade, naquilo que é próximo de nós", notou.
Para Marcelo, cada vez que aumentam as desigualdades, a paz "sofre". "Com as crises, não é apenas a pobreza, a desigualdade e a injustiça que aumenta, é a paz que fica em causa", acrescentou.
O Presidente destacou depois: "O objetivo deste nosso encontro, ano após ano, é formularmos o desejo de, no próximo ano, termos mais paz, mais justiça, mais desenvolvimento, liberdade e mais igualdade".
"É com este estado de espírito que olhamos o ano que vem, depois de três anos muito maus", disse, recordando a pandemia, que "agravou a desigualdade, fechou as pessoas, separou-as, congelou a sua vida".
"Poucos meses depois", encontrou-se um "ambiente de guerra", notou o Presidente, destacando que a presença da Cáritas em Belém é uma presença de "esperança".
Desta forma, Marcelo disse esperar que o próximo ano seja "de mais esperança", de mais "paz".
No final dos cumprimentos, Marcelo anunciou que durante a tarde vai deslocar-se a Odemira para estar com imigrantes no concelho no distrito de Beja. Recorde-se que, no último ano surgiram denúncias de imigrantes a viver em condições deploráveis em Odemira, além das ligações a redes de tráfico humano.
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