"Temos a lamentar cerca de 460 vítimas mortais desde o princípio do ano até agora", afirmou Rui Ribeiro num 'briefing' operacional de balanço da operação de Natal e apresentação da operação Ano Novo, lembrando que o número de vítimas mortais é inferior ao registado em 2019, ano em que foram contabilizadas 515 vítimas mortais nas estradas portuguesas.
"Se compararmos com as 515 de 2019, que é o nosso ano de referência porque 2020 e 2021 são anos atípicos, penso que estamos num bom caminho. Cada vítima mortal continua a ser efetivamente uma vítima mortal a mais, não devem acontecer vítimas mortais na estrada, nem feridos graves, mas, efetivamente, estamos a ir no bom caminho", realçou.
Rui Ribeiro destacou ainda que em Portugal, tem sido feito um "progresso notável" ao nível da segurança rodoviária, com o número de vítimas mortais a ter decrescido "81%" nos últimos 25 anos".
"No entanto, nos últimos 10 anos ainda morreram nas estradas portuguesas 6.089 pessoas. Tivemos mais 315 mil acidentes", afirmou, dizendo, contudo, que "é possível chegar a vítimas zero".
Na operação de Natal, que decorreu entre 19 e 26 de dezembro, registaram-se nas estradas portuguesas 12 vítimas mortais, mais uma vítima do que no ano passado e menos 109 feridos.
As 12 vítimas mortais, com idades entre os 24 e 86 anos, resultaram de três acidentes no distrito do Porto, dois em Aveiro, dois em Faro, dois em Setúbal, e em Beja, Coimbra e Santarém.
Nos restantes distritos do país e nas regiões autónomas dos Açores e Madeira "foi atingido o objetivo de zero mortos nas estradas portuguesas", afirmou Rui Ribeiro.
No mesmo período, registaram-se 3.194 acidentes, mais 155 do que em 2021, dos quais resultaram 795 feridos. Do total de feridos, 44 foram graves (mais cinco do que em 2021) e 751 foram leves (menos 114 do que em 2021).
Durante a operação foram ainda fiscalizados cerca de três milhões de veículos pela GNR e PSP, tendo sido registadas 25,7 mil infrações.
A operação Ano Novo arranca hoje e decorre até 2 de janeiro de 2023.
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