Vincular professores? "Não custa dinheiro, custa vontade de governantes"

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, falou, esta sexta-feira, após a primeira reunião de negociação entre o Governo e as organizações sindicais do setor sobre o regime de concursos de professores.

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Notícias ao Minuto com Lusa
20/01/2023 12:14 ‧ 20/01/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

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Greve dos professores

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), referiu, esta sexta-feira, após a primeira reunião de negociação entre o Governo e as organização sindical do setor, que "para haver um acordo o ministro [da Educação] tinha de haver vinculação de professores com três ou mais anos de serviço e tinha de ser lançado um concurso de vinculação extraordinário este ano".

Segundo Mário Nogueira, "para isto ser feito, não custa dinheiro, custa vontade de governantes", acrescentando que "o ministro ficou calado após esta exigência".

"Há um conjunto de questões e que surpreendeu o ministro e são duvidas que ele também tem", explicou o secretário-geral da FENPROF, acrescentando que "este conjunto de matérias que identificámos fará parte de um parecer que vai ser enviado até quarta-feira".

De acordo com Mário Nogueira, para haver um acordo é preciso o ministro acordar", reforçou, mais uma vez.

"O ministério disse que queria marcar reuniões para muito breve e que não queria um processo longo", acrescentou.

No entanto, o secretário-geral da Fenprof disse que a proposta agora em discussão falha por "omissão em muitos aspetos em que os professores não cedem e não abrem mão, como o tempo de serviço", que representa tempo de trabalho que não foi contabilizado: "Só estamos a pedir que contem o tempo de serviço que as pessoas trabalharam. Não estamos a pedir aumentos".

A isto somam-se propostas que a Fenprof classifica de "ilusionismo", como o anúncio do ministro sobre o aumento da percentagem de professores que conseguem aceder ao 5.º e 7.º escalões da carreira.

Segundo Mário Nogueira, o Ministério apresentou "uma proposta que é rigorosamente a mesma coisa desde que as vagas se aplicam" e procurou "criar a ilusão nas pessoas que vai criar mais vagas".

Os professores também não aceitam a proposta dos conselhos locais de diretores para distribuir serviços dentro de áreas, defendendo que "estes territórios criam, com o nome de Quadros de Zona Pedagógica, o que na realidade são mega-mega-mega agrupamentos" de escolas que podem ficar a uma distância de 50 quilómetros.

"O que não se está a dar resposta é aos problemas dos professores", sublinhou o secretário-geral da Fenprof, sublinhando que "as greves distritais vão continuar e na próxima semana terão mais força".

"Se acabamos o primeiro período sem aulas e começámos o segundo período sem aulas nada tem a ver com a greve de professores, mas com a falta de professores", rematou.

As negociações entre o Governo e as organizações sindicais do setor sobre o regime de concursos de professores prosseguem esta sexta-feira, com um protesto em frente ao Ministério da Educação.

[Notícia atualizada às 14h45]

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