Mãe e filho despejados. Vivem há meses numa tenda em praia de Matosinhos

Amélia, de 66 anos, e Daniel, de 41, saíram da casa onde residiam na Afurada, em Vila Nova de Gaia, após terem sido despejados por herdeiros do antigo senhorio. Pedem ajuda às autarquias de Gaia e Matosinhos.

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Notícias ao Minuto
24/01/2023 09:37 ‧ 24/01/2023 por Notícias ao Minuto

País

Matosinhos

Amélia Ferreira tem 66 anos, é reformada, e vive com o filho Daniel, de 41, desempregado, numa tenda na praia do Titan, em Matosinhos.

A situação ocorre desde setembro do ano passado, ou seja, há cinco meses, quando foram despejados da casa onde residiam por herdeiros do antigo senhorio, na Afurada, em Vila Nova de Gaia. 

"É triste, é desumano. A pessoa apanha constipações, a pessoa tem frio, a pessoa não tem condições para aquecer uma sopa, um chá. Não são condições para viver", afirmou Amélia em declarações à SIC Notícias. "Ninguém merece viver assim", acrescentou. 

Já o filho, Daniel, asseverou, ao mesmo canal, que "é desumano estar aqui [na praia] com as intempéries de chuva, frio, humidade". "A pessoa precisa de fazer as suas necessidades e tem que vir fora da tenda, na areia, na praia, fazer", contou ainda. 

Mãe e filho procuram receber ajuda das autarquias de Vila Nova de Gaia e Matosinhos, mas não encontraram solução: "A única resposta que nos dão é que não há casas", revelou Daniel.

A Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos (ADEIMA) propôs que a família se alojasse num centro de acolhimento de emergência social, conta ainda a SIC Notícias, mas, questionado sobre esta opção, o homem frisou que, "ao fim ao cabo, eles estão lotados, os de Matosinhos e os do Porto". "Não nos puderam fazer nada. Nós não recusámos, simplesmente nós questionámos, porque sabemos que esses sítios têm lá de tudo: desde pessoas com problemas com álcool, toxicodependentes, pessoas com problemas de saúde graves, com doenças. E viver nesses sítios não é futuro". 

A ADEIMA refere, contudo, citada pela SIC Notícias que Amélia e Daniel não compareceram a um atendimento na Segurança Social. E 'preferiram' continuar a viver na tenda. 

A  história desta família, que não consegue encontrar fiador para um novo contrato de arrendamento, foi revelada pelo Jornal de Notícias, que avança que ambos vivem com a reforma de Amélia, que "não chega a 500 euros". 

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