Afinal, diz ministro, Portugal ainda não decidiu se envia tanques a Kyiv

Depois de ter revelado detalhes sobre como seria o transporte dos tanques Leopard 2 para a Ucrânia, João Gomes Cravinho esclareceu que não há, ainda, decisão do governo português sobre se enviará, ou não, estes tanques de fabrico alemão.

Notícia

© Global imagens

José Miguel Pires
25/01/2023 18:47 ‧ 25/01/2023 por José Miguel Pires

País

Guerra na Ucrânia

Afinal, não há ainda decisão do Executivo português sobre o eventual envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros - que, no início da tarde desta quarta-feira, anunciava os detalhes sobre esse mesmo envio que agora, afinal, não é certo.

“Não há nenhuma decisão sobre o envio de carros de combate portugueses para a Ucrânia. Nós participamos no esforço coletivo de apoio à Ucrânia, temos dado a nossa contribuição de forma muito generosa nos vários âmbitos - político, militar, humanitário e financeiro -, e em relação ao aspeto militar, Portugal tem vindo a contribuir sempre de acordo com as suas possibilidades e as necessidades ucranianas”, esclareceu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Isto após, à tarde, citado pela SIC Notícias, o mesmo ministro ter assegurado que o envio dos tanques de fabrico alemão para Kyiv era certo, estando por definir os detalhes do seu envio, que deveria demorar entre dois a três meses.

"O importante é que estamos a contribuir para que a Rússia tenha uma derrota estratégica. Isso é muito importante, porque se não for esse o caso, a ordem internacional ficará muito fragilizada e aí teremos um preço muito mais elevado a pagar ao longo dos próximos anos", explicou o ministro nessa primeira intervenção.

Gomes Cravinho reiterou, no entanto, a importância de uma "derrota estratégica" da Rússia: "O mais importante, como digo, é que não haja ganho de causa para a Rússia. Nesta guerra só há perdedores. Se a Rússia consegue, através da violação dos princípios mais básicos do direito internacional, conquistar território, em outras partes do mundo outros países vão pensar 'Aquilo que a Rússia fez, nós também podemos fazer', porque a comunidade internacional não reage, não está do lado de quem tem a sua identidade territorial violada. Daí ser fundamental que a Ucrânia seja apoiada e que a Rússia sofra uma derrota estratégica."

Por sua vez, também à SIC Notícias, a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, reiterou que Portugal ainda não decidiu sobre o envio de tanques Leopard 2 à Ucrânia, esclarecendo: “O que estamos a fazer é consultar com os nossos parceiros e aliados para avaliar a situação.”

O conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia começou, a 24 de fevereiro de 2022, com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de 11 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: "O mais importante é que não haja ganho de causa para a Rússia"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas