As condições de segurança e habitabilidade do prédio serão avaliadas na segunda-feira pela Câmara Municipal de Lisboa.
De acordo com a última atualização do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), até agora apurou-se que viviam no prédio, no bairro da Mouraria, dois cidadãos belgas, dois argentinos, dois portugueses, três bengalis e 15 indianos.
O incêndio, que segundo os bombeiros começou na cozinha do rés-do-chão do edifício, afetou 25 pessoas, 24 residentes e um não residente, deixando 22 desalojados.
Há ainda a registar a morte de dois cidadãos indianos e um ferido que não residia no prédio em questão.
Dos desalojados, 13 estão numa unidade hoteleira de Lisboa, a cargo da Santa Casa da Misericórdia e os restantes encontraram solução por modo próprio.
A diretora do SMPC, Margarida Castro, disse à agência Lusa que a Polícia Judiciária já examinou o local, para apurar as eventuais causas do incêndio e a existência ou não de indícios de crime. Ainda não foram divulgadas conclusões.
O alerta para o incêndio foi dado às 20:37 de sábado e o fogo foi declarado extinto às 21:15, segundo o Regimento de Sapadores de Bombeiros.
O fogo só atingiu o rés-do-chão do prédio, na Rua do Terreirinho.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, esteve no local na noite de sábado e garantiu que todos os desalojados seriam apoiados, lamentando as duas mortes.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também falou com Carlos Moedas logo na mesma noite, para se inteirar da situação, lamentando igualmente a perda de vidas.
Todas as pessoas internadas em hospitais tiveram alta, durante a noite ou durante o dia de hoje, e foram assistidas essencialmente por inalação de fumos, disseram as autoridades hospitalares.
Na segunda-feira será feita uma vistoria ao edifício por parte do serviço municipal competente, a Unidade de Intervenção Territorial Centro Histórico, da Câmara Municipal de Lisboa, para avaliar as condições de segurança e habitabilidade do prédio.
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