"Persisto em acreditar que vale a pena negociar e percebo professores"
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que as negociações entre os sindicatos dos professores e o Governo vão avançando "lentamente".
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País Professores
O Presidente da República, em plena visita à Feira do Queijo de Celorico da Beira, no distrito da Guarda, realçou que "as negociações [entre sindicatos dos professores e Governo] vão avançando, talvez muito lentamente, talvez com pontos fundamentais como o problema do número de vinculados ou da recuperação do tempo a serem mais difíceis".
"Eu persisto em acreditar que vale a pena negociar e percebo a persistência dos professores e a abertura de todos à negociação", continuou o chefe de Estado, que foi recebido por um protesto dos docentes nesta visita ao "interior do Interior", como o próprio o apelidou.
"Tome conta de nós", apelou uma das professoras presentes nesta manifestação a Marcelo Rebelo de Sousa.
A coordenadora da direção distrital da Guarda do Sindicato dos Professores da Região Centro, Sofia Monteiro, entregou uma carta aberta ao PR "representativa dos professores de todo o país".
"É uma carta apelo a que interceda junto do primeiro-ministro para que as próximas negociações sejam de negociação efetiva para que possamos resolver os problemas que o sistema educativo tem e que os professores enfrentam neste momento", disse Sofia Monteiro.
Em resposta, o Presidente da República disse: "Eu acho que vão correr bem, é preciso ter paciência" e reforçou que é professor e, por isso, disse compreender "perfeitamente" as reivindicações.
Uma resposta que foi interrompida pelos professores para afirmar que "um país que não investe na educação e que considera que a educação é uma despesa, não tem futuro, senhor Presidente" e deixou o convite para participar na manifestação deste sábado, em Lisboa.
Os jornalistas ainda questionaram o chefe de Estado sobre as declarações de Luís Montenegro, líder do PSD, sobre uma eventual governação à direita, mas Marcelo Rebelo de Sousa, que, em tempos, ocupou o mesmo cargo, disse que não lhe cabia comentar essas palavras.
[Notícia atualizada às 11h50]
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