Governo propõe Mendes Ferrão como Chefe do Estado-Maior do Exército

Eduardo Mendes Ferrão exerce o cargo de Comandante das Forças Terrestres do Exército desde 21 de março de 2022.

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Notícias ao Minuto com Lusa
23/02/2023 16:47 ‧ 23/02/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Conselho de Ministros

O Governo decidiu propor ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa,  a nomeação do tenente-general Eduardo Manuel Braga da Cruz Mendes Ferrão, atual Comandante das Forças Terrestres do Exército, como Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME). Irá substituir no cargo o general José Nunes da Fonseca.

"O Conselho de Ministros aprovou hoje a deliberação que propõe a Sua Excelência o Presidente da República, ouvido o Conselho de Chefes de Estado-Maior, a exoneração do General José Nunes da Fonseca do cargo de Chefe do Estado-Maior do Exército e a nomeação do Tenente-general Eduardo Manuel Braga da Cruz Mendes Ferrão como Chefe do Estado-Maior do Exército", lê-se num comunicado do Conselho de Ministros.

Já numa nova nota enviada às redações, o Ministério da Defesa revela que a "proposta foi precedida da audição do Conselho Superior do Exército, através do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas".

O tenente-general Eduardo Mendes Ferrão "exerce o cargo de Comandante das Forças Terrestres do Exército desde 21 de março de 2022".

A nomeação surge já depois de o Governo propor a nomeação do general Nunes da Fonseca como chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, com efeitos a partir do dia 1 de março de 2023, dia em que o almirante António Silva Ribeiro termina o seu mandato, completando o período máximo legal, iniciado em 01 de março de 2018 e prorrogado em 2021.

De acordo com uma síntese curricular divulgada pelo Ministério da Defesa, o tenente-general Eduardo Mendes Ferrão nasceu em Lisboa, em 17 de fevereiro de 1962 e tem 42 anos de serviço, estando "habilitado com os cursos curriculares de carreira", entre outros.

No seu percurso militar, "serviu em diversas unidades, estabelecimentos e órgãos do Exército, no Estado-Maior-General das Forças Armadas e no Ministério da Defesa Nacional", salientando-se que em 1985 foi colocado no Batalhão de Infantaria Mecanizado da Brigada Mista Independente, onde desempenhou diversas funções de Comando e Estado-Maior.

Foi docente no Instituto de Altos Estudos Militares, em 1993 e, em 1995, na Direção-Geral de Política de Defesa Nacional, foi responsável pelo processo de criação das EUROFORÇAS e levantamento do Quartel-General da EUROFOR em Florença.

Entre 2019 e 2020 foi vice-comandante da força da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA) "e, posteriormente, foi colocado no Estado-Maior do Exército, nas funções de diretor coordenador, desde 02 de fevereiro de 2021 até 12 de janeiro de 2022".

Em janeiro de 2022 assumiu as funções de Comandante do Comando do Pessoal do Exército, que desempenhou até março desse ano, altura em que passou a exercer o cargo de Comandante das Forças Terrestres, até ao momento.

O militar conta com 14 louvores. É casado e tem duas filhas.

De acordo com a lei, cabe ao Presidente da República nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, e os Chefes do Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas, ouvido, neste último caso, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

[Notícia atualizada às 17h18]

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