"Estamos acima das médias da União Europeia e bastante acima dos objetivos da União Europeia, que era de 41 mortos por milhão de habitantes em 2020, quer dos objetivos definidos no Plano Nacional de Segurança Rodoviária", disse o comandante da PSP na região autónoma, Luís Simões.
O responsável falava na conferência de apresentação do balanço da sinistralidade rodoviária no arquipélago em 2022, no Funchal, na qual indicou que as principais causas dos acidentes são a condução sob o efeito do álcool, o excesso de velocidade e o uso do telemóvel ao volante.
Dos 3.127 acidentes ocorridos em 2022, mais 218 do que no ano anterior, 888 registaram vítimas, das quais 15 morreram no local, 70 foram considerados feridos graves e 999 ligeiros.
Três das vítimas mortais foram atropeladas, seis resultaram de colisões e seis de despistes, sendo que no total morreram mais duas pessoas do que em 2021.
A PSP especificou que quatro das pessoas que morreram eram motociclistas (27%) e um era um ciclista que foi embatido por um automóvel ligeiro.
Dos peões atropelados, um foi na passadeira, outro fora da passadeira e o terceiro, uma menina de oito anos, no decorrer de uma prova de automobilismo (Rali Vinho da Madeira, em agosto de 2022).
Em relação à distribuição dos acidentes por concelho, a PSP indicou que "acompanha percentualmente a distribuição da população residente", com o concelho do Funchal (cerca de 105 mil habitantes) a registar o número mais elevado (1.343).
No total dos 11 municípios da região, o número de acidentes e de vítimas registou um aumento generalizado face a 2021, com exceção dos feridos graves, que foram menos sete (-9%), mas manteve-se inferior aos de 2019, ano em que foram referenciados 3.219 acidentes com 42 mortos, 29 dos quais no despiste de um autocarro de turismo, no Caniço, concelho de Santa Cruz.
A autoridade policial referiu ainda que, em 2022, atendendo à gravidade das vítimas, se constatou que os despistes foram responsáveis por 40% dos mortos e 47% dos feridos graves, sendo que os atropelamentos provocaram 20% das vítimas mortais.
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