O que se sabe sobre Begoleã Fernandes, detido em Lisboa com carne na mala
Queria ser lutador e, por isso, terá deixado o Brasil e rumado aos Países Baixos, onde agora era procurado por homicídio. Suspeito, de 26 anos, tentava fugir com uma identidade falsa quando foi detido no Aeroporto de Lisboa. Eis tudo o que se sabe.
© Reprodução Redes Sociais
País Begoleã Fernandes
O suspeito de homicídio, de 26 anos, detido no Aeroporto de Lisboa, na segunda-feira, com uma embalagem com carne "suspeita" na mala, foi identificado como sendo Begoleã Mendes Fernandes, natural de Matipó, no estado brasileiro de Minas Gerais, e teria saído do Brasil com o sonho de se tornar lutador. Descrito como "tranquilo", mas "extravagante", por quem o conhecia, sabe-se que passava também algumas dificuldades financeiras nos Países Baixos, onde residia.
Recorde-se que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) disse ao Notícias ao Minuto que, alegadamente, a carne encontrada na mala do suspeito seria humana, estando a ser analisada. O brasileiro foi detido por falsificação de documentos, uma vez que apresentou um cartão de identidade italiano, tendo o SEF apurado depois que este era suspeito de ter matado um jovem nos Países Baixos e, por isso, pretendia sair do Espaço Schengen usando uma identidade falsa.
A vítima é Alan Lopes, de 21 anos, encontrado morto no dia 26 de fevereiro, na casa onde vivia com a mãe e a irmã, em Vegasstraat, Amesterdão.
Segundo o G1, quem conheceu o suspeito descreve-o como um jovem "tranquilo", "bem-humorado", "extravagante", que nunca arranjou problemas. Além disso, Begoleã queria tornar-se lutador em Amesterdão, o que o terá levado a sair do Brasil, e desejava "ser famoso".
O jornal brasileiro revela ainda que a família de Alan Lopes, natural do Brasil e que está há sete anos em Amesterdão, contou que Begoleã enviou mensagem a um amigo, que ambos tinham em comum, a confessar ter matado a vítima.
Carne em mala não será de Alan Lopes
Kamila Lopes, irmã de Alan, partilhou que, nos últimos três anos, Begoleã frequentava a casa da família e pernoitava na habitação quando não tinha onde dormir. Além disso, Alan, que era talhante, emprestava dinheiro ao suspeito em momentos de dificuldades financeiras.
A mulher nega que o crime esteja relacionado com cobrança de dívidas e, após confirmar que o irmão foi morto à facada, adiantou que a polícia já afastou qualquer possibilidade de que a carne encontrada na mala de Begoleã, no aeroporto de Lisboa, seja de Alan Lopes.
É de realçar que o SEF revelou também que o suspeito estava ainda na posse de uma ligadura e roupa com vestígios de sangue.
Esta quinta-feira, fonte ligada ao processo revelou à agência Lusa que Begoleã Fernandes foi ouvido no Tribunal da Relação de Lisboa e ficou em prisão preventiva a aguardar a extradição para os Países Baixos. Encontra-se no Estabelecimento Prisional de Lisboa.
[Notícia atualizada às 15h18]
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