A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (ASFICPJ) anunciou, esta sexta-feira, uma greve ao trabalho complementar, "para emendar ilegalidade com 23 anos". A promessa é feita pelo próprio sindicato.
A partir de 1 de abril, "diligências ficam por fazer entre as 17h30 e as 9h00 até pagamento do tempo suplementar ser conforme a Lei do Trabalho em Funções Públicas", promete a estrutura sindical, em comunicado enviado às redações.
A ASFICPJ acusa: "Em causa está o valor pago (3,61€) aos profissionais da PJ, que é abaixo do salário mínimo."
A greve ao trabalho suplementar implica que as diligências necessárias entre as 17h30 e as 9h00 passem a ser realizadas apenas pelo efetivo de piquete (42 inspetores para todo o País), conta ainda a estrutura sindical na nota informativa.
“Não pedimos qualquer aumento de salário, ou outros subsídios ou suplementos. Apenas exigimos o cumprimento da lei e o fim da exploração laboral por parte de quem nos tutela”, afirma Carla Pinto, presidente da ASFICPJ, citada no comunicado, considerando que o valor de 3,61€/hora pago aos inspetores “é ridículo”.
Este é o motivo principal da paralisação da ASFICPJ, "mas há outras justificações igualmente graves para a greve, como é o atraso na regulamentação de 17 portarias", lê-se ainda na missiva.
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