Governo quer pacto com inspetores e administrativos do SEF e evitar greve
O ministro da Administração Interna disse hoje esperar chegar a acordo com os sindicatos dos inspetores e dos administrativos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), com quem vai reunir-se esta tarde, e evitar a greve.
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País SEF
"Aquilo que eu desejo é que consigamos chegar a pontos de convergência de tal ordem que não seja necessário a realização da greve porque é evidente que a greve tem sempre efeitos, nomeadamente no congestionamento que ocorre nas fronteiras", afirmou José Luís Carneiro aos jornalistas à margem da inauguração da PSP de Matosinhos, no distrito do Porto.
Os inspetores e os administrativos do SEF vão realizar seis dias de greve durante o período da Páscoa devido à forma como o Governo pretende transferir os trabalhadores para outros organismos no âmbito da extinção do SEF.
Dizendo estar em diálogo com os sindicatos, o governante vincou que naquilo que é mesmo essencial o Governo conseguiu dar resposta havendo, contudo, questões que ainda não estão resolvidas, motivo pelo qual José Luís Carneiro vai reunir-se ainda hoje com os sindicatos.
"Eu gostava muito, e por isso faço um apelo aos sindicatos e seus representantes sindicais, que possamos hoje, durante a tarde, com os outros ministérios encontrar soluções para aquilo que ainda não foi possível encontrar solução", salientou.
Mas, acrescentou, o esforço tem sido imenso para garantir que a transição destes trabalhadores para outros organismos seja o "mais pacífica possível".
O Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF), que integra os funcionários com funções não policiais, entregou na semana passada o pré-aviso de greve para 05 e 06 de abril.
Também o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF/SEF) entregou um pré-aviso para uma greve entre os dias 06 e 10 de abril, coincidindo com o período da Páscoa, o que poderá causar perturbações nos aeroportos.
Em causa está a integração dos trabalhadores do SEF na Polícia Judiciária (PJ), no Instituto de Registos e Notariados (IRN) e na futura Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo (APMA) no âmbito do processo de reestruturação daquele organismo, cujas negociações sindicais com o Governo sobre o projeto de decreto-lei que regula a transferência dos funcionários estão a decorrer.
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