"O Governo aprovou a constituição de um dispositivo excecional de 48 equipas de combate a incêndios, por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para o período de 15 a 17 de abril", refere o MAI, em comunicado, acrescentando que as equipas são provenientes dos corpos de bombeiros e vão estar "em maior prontidão neste período para reforçar a capacidade de ataque inicial a incêndios rurais".
Segundo o MAI, as equipas serão ativadas por ordem do Comando Operacional Nacional de Emergência e Proteção Civil nos Comandos Sub-regionais sujeitos a maior pressão de número de ignições e da evolução do cenário meteorológico.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou hoje para o risco muito elevado nas regiões do Norte, Centro e Algarve devido ao tempo quente e seco e avisou que é proibido fazer queimas e queimadas sem autorização.
O MAI refere também que este dispositivo excecional soma-se ao que já está no terreno e que é composto por Equipas de Intervenção Permanente, Força Especial de Proteção Civil e Unidade de Emergência de Proteção e Socorro.
O Ministério tutelado por José Luís Carneiro sublinha que a decisão de constituição do dispositivo excecional assentou nas temperaturas elevadas que se verificam em vários pontos do território continental, associadas à situação de seca provocada por valores de precipitação muito abaixo da média.
A ANEPC alerta para o agravamento do risco de incêndio para nível elevado a muito elevado no interior Norte e Centro, sendo muito elevado a máximo na região do Algarve.
A Proteção Civil salienta que a partir de sábado é expectável o aumento do risco de incêndio, com condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais, bem como o aumento da dificuldade das ações de extinção dos fogos, especialmente no interior Norte e Centro e região Sul.
De acordo com a base de dados nacional de incêndios rurais, deflagraram entre 01 de janeiro e 13 de abril deste ano um total de 1.981 fogos que resultaram em 7.364 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos florestais (1860 ha), matos (5420 ha) e agricultura (84 ha).
O ano de 2023 apresenta, até 13 de abril, o quinto valor mais elevado em número de incêndios e de área ardida desde 2013.
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