O presidente do Brasil, Lula da Silva, não vai estar presente para a sessão solene na Assembleia da República no dia 25 de Abril. Contudo, decidiu antecipar a viagem para Portugal e vai embarcar rumo a Lisboa na noite desta quinta-feira, ao contrário do que estava inicialmente previsto, avança a imprensa brasileira.
Inicialmente a agenda do chefe de Estado brasileiro previa que viajasse durante a manhã de sexta-feira, mas, por essa altura, já estará em território português.
A imprensa brasileira avança que Lula terá o dia de amanhã livre e dará início à sua agenda de compromissos no sábado, com encontros com o Presente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro António Costa. O domingo ficará reservado para um programa privado.
No dia 25 de Abril, o presidente brasileiro vai marcar presença numa sessão de boas-vindas no Parlamento, onde fará um discurso, antes da sessão solene comemorativa da revolução, na qual já não estará presente.
Lula irá estar, por essa hora, a caminho de Espanha, onde terá encontros com o rei Filipe VI e Pedro Sánchez.
O momento do seu discurso poderá ser conturbado, uma vez que os partidos Iniciativa Liberal (IL) e Chega votaram contra a sua participação nas comemorações do 25 de Abril. A IL considerou que a conjugação das duas sessões no mesmo dia é uma "espécie de instrumentalização da data do 25 de Abril" e revelou que só irá fazer-se representar por um deputado na sessão de boas-vindas, enquanto que o partido de André Ventura pretende organizar uma manifestação.
De recordar que Lula da Silva estará em Portugal entre os dias 22 e 25 de abril para a cimeira luso-brasileira. Num dos dias, a 24 de abril, o líder brasileiro deverá marcar presença na cerimónia de entrega do Prémio Camões ao escritor e músico Chico Buarque, no Palácio de Queluz.
Pouco depois de ter sido eleito nas presidenciais, o líder do Partido dos Trabalhadores brasileiro visitou Portugal em novembro, antes de ir à COP27, no Egito, rompendo com um distanciamento provocado por Jair Bolsonaro que, nos seus quatro anos no Palácio do Planalto, nunca visitou o país.
[Notícia atualizada às 17h50]
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