Provas de aferição? "Até os alunos podem instalar" aplicação, diz IAVE

O presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) explicou hoje que a aplicação para as provas de aferição foi enviada na semana passada por questões de segurança, sendo uma aplicação simples que "até os alunos podem instalar".

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Lusa
15/05/2023 16:02 ‧ 15/05/2023 por Lusa

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Na passada sexta-feira, a Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) criticou o facto de o "manual de instruções" para a realização das provas ter chegado às escolas dois dias antes do arranque das provas de aferição, dia em que souberam que seria preciso instalar uma aplicação nos computadores dos alunos.

O presidente do IAVE, Luís Pereira dos Santos, explicou hoje que a aplicação foi enviada no final da semana passada "por questões técnicas de segurança", garantindo tratar-se de "uma aplicação de instalação muito simples".

"É uma aplicação que é necessária para garantir a segurança e a equidade entre os alunos, mas é uma aplicação de instalação muito simples. Não é necessário um professor muito especializado para fazer essa instalação, até os próprios alunos a podem fazer", disse aos jornalistas, acrescentando que são precisos apenas alguns segundos para descarregar a aplicação.

Além disso, Luís Pereira dos Santos salientou que as escolas podem fazer a instalação de "forma muito gradual", até porque a primeira prova digital é a de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e vai decorrer ao longo de duas semanas.

"As escolas vão ter tempo para, com serenidade, fazer essa aplicação", disse, acrescentando que a prova de TIC será realizada por cerca de 80 mil alunos do 8.º ano entre os dias 16 e 26 de maio.

"O nosso sistema de provas eletrónicas foi concebido de forma a ser simples e a não implicar a intervenção de professores mais especialistas nesta matéria", acrescentou.

A aplicação permite, através da instalação nos computadores dos alunos, que estes não possam sair da sua prova antes de a terminarem nem aceder a outras aplicações, explicou o gabinete de imprensa do ministério da Educação em declarações à Lusa.

Aos jornalistas, o ministro João Costa defendeu hoje que o modelo das provas digitais representa muito menos trabalho para as escolas, quando comparado com as provas em papel, que obrigam os professores a deslocarem-se à escola sede para ir buscar os envelopes com as provas, depois fazer a distribuição pelas escolas, abrir envelopes, organizar por turmas, fazer verificação e reportar informações ao Júri Nacional de Exames.

"Toda esta logística era muito mais complexa do que o que está agora aqui em causa", disse João Costa.

Este ano, mais de 250 mil alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade vão realizar as provas em formato digital

As provas de aferição começaram no início do mês, com os alunos do 2.º ano a mostrar as suas competências a Educação Artística e Educação Física, mas só na próxima semana arranca a "época" das provas digitais, com a prova do 8.º ano de TIC.

A 24 de maio os alunos do 8.º ano realizam a "componente de Observação e Comunicação Cientifica da prova de Ciências Naturais e Físico Química" e a 2 de junho os alunos do 5.º ano fazem a prova de Português.

Seguem-se as provas de Ciências Naturais e Físico Química (8.º ano), História e Geografia de Portugal (5.º ano) e Matemática (8.º ano).

A 15 de junho, será a vez dos alunos do 2.º ano realizarem a prova de Português e Estudo do Meio e a 20 de junho Matemática e Estudo do Meio.

Leia Também: Diretores escolares criticam informação "tardia" sobre provas de aferição

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