Há falta de vacinas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para doenças como o sarampo, a rubéola, o tétano e a tuberculose, o que pode levar à existência de surtos de patologias graves para crianças, alertou a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública.
"Existem relatos em vários pontos do país de dificuldades de vacinação com algumas vacinas em falta, desde a vacina da BCG - que é sempre uma vacina em dificuldade - até vacinas como a do sarampo, que têm chegado a conta gotas e em número muito limitado aos serviços de saúde dos Cuidados de Saúde Primários", revelou Gustavo Tato Borges, representante da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, numa entrevista dada à TVI.
Com esta escassez, há assim uma nova lista de espera no SNS de crianças a partir dos dois meses à espera de vacinas, o que acarreta riscos graves não só para a saúde destas como para saúde pública, tal como explicou o médico na mesma entrevista.
"Com esta falta de vacinação podemos vir a ter, no ano de 2023, uma diminuição da proporção de crianças com uma cobertura vacinal atempada adequada, o que pode levar à criação de bolsas vulneráveis, pelo menos durante algum tempo, na nossa comunidade fazendo com que possa existir surtos, nomeadamente do sarampo, que é extremamente perigoso em população não vacinada", realçou.
Recorde-se que, de acordo com a SIC Notícias, o ministério das Finanças está há seis meses para dar uma autorização ao ministério da Saúde para que seja compradas vacinas para o plano nacional. Contudo, o ministério da Saúde garante que não há falta de vacinas e que nas poucas situações em que isso existe, são rapidamente resolvidas, recordando que pertencem ao plano nacional de vacinação todas as vacinas - exceto a da gripe.
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