A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusou o ministério de Saúde de estar a tentar recorrer a "mais um penso rápido" após o anúncio da tutela de que "terá de se socorrer do setor privado e social para garantir a realização de partos durante os meses de verão, na região de Lisboa e Vale do Tejo".
A FNAM acusa, em comunicado, Manuel Pizarro de ir "adiando a discussão de medidas concretas, como a atualização das grelhas salariais, nas negociações com os sindicatos médicos".
"O ministro da Saúde insiste em adiar a solução para os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), promovendo o desmantelamento da Saúde em Portugal, em particular dos cuidados materno-infantis, uma das joias da coroa do SNS", continua a federação, garantindo que "tem apresentado propostas que permitam fixar médicos no SNS, como a atualização das grelhas salariais, medidas de melhoria das condições de trabalho e de apoio à parentalidade".
"Todas as reuniões em que o ministério não apresenta propostas, são reuniões fracassadas na resolução dos problemas do SNS, que obrigam a tutela a adotar medidas paliativas de forma a assegurar os cuidados de saúde aos utentes. A FNAM não pode deixar de se questionar: Sr. ministro da Saúde, o que vai fazer para fixar médicos no SNS? Isto tem solução – e a FNAM está aqui para avançar nesse sentido", conclui a federação.
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