O Dia Mundial da Esclerose Múltipla assinala-se esta terça-feira, a 30 de maio, e o Serviço Nacional de Saúde (SNS) partilhou uma publicação nas redes sociais, por forma a criar alguma consciencialização.
“’Conexões’ é o tema deste ano do Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM). É uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central e, segundo a Organização Mundial de Saúde, atualmente afeta cerca de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo”, escreveram os responsáveis na publicação no Twitter.
O que é a Esclerose Múltipla?
A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) começa por descrever esta doença como “crónica, autoimune, inflamatória e degenerativa”, que afeta o sistema nervoso central sobretudo, a mielina - uma bainha que rodeia, alimenta, protege e isola eletricamente as extensões dos neurónios permitindo a rápida transmissão de impulso.
A SPEM explica ainda, numa nota no seu site, que a doença assenta num “erro do sistema imunitário que leva a que a mielina seja considerada como um corpo estranho e seja atacada”.
“Conexões” é o tema deste ano do Dia Mundial da Esclerose Múltipla. É uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central e, segundo a @WHO, atualmente afeta cerca de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo. Saiba mais em: https://t.co/rsQ5iPfBsD #Saúde #SNS #EscleroseMúltipla pic.twitter.com/CXUlSl5OMO
— SNS_Portugal (@SNS_Portugal) May 30, 2023
Os especialistas alertam ainda que “cada diagnóstico é único”, dado que a doença se manifesta de diferentes formas. Ainda assim, deixam algumas formas conhecidas da doença.
- As formas remitentes (85% dos casos e típica nos jovens adultos) em que ocorrem surtos sucessivos sem progressão contínua da doença;
- As formas primárias progressivas (15% dos casos e típicas acima dos 40 anos) em que a doença evolui de forma lenta, mas progressiva;
- As formas remitentes podem evoluir, ao fim de 10 ou 20 anos, para uma forma secundária progressiva, em que os surtos ficam cada vez mais raros e pode começar a ocorrer um agravamento progressivo, por exemplo, da marcha.
A SPEM salienta ainda que é dado à diversidade de fatores e ausência de indicadores específicos que o diagnóstico é dificultado. “Este é feio com base na observação de sintomas clínicos, imagens de ressonância magnética que permitem visualizar as lesões (cicatrizes das zonas de ataque à mielina/ inflamação) e elementos biológicos: análises do líquido cefalorraquidiano (que envolve o sistema nervoso central) recolhido por punção lombar”, rematam.
Se quiser saber mais, a SPEM disponibiliza o ‘Manual de apoio à Vida com EM'.
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