Ao final da tarde, Mário Artur Lopes deslocou-se à freguesia de Porrais, na zona da Terra Quente do concelho, onde, segundo descreveu à agência Lusa, encontrou um cenário desolador após cerca de "10 minutos de uma intensa queda de granizo".
"Caiu granizo, bastante forte, e a produção está completamente destruída. Há aqui vinhas já com a vindima completamente feita", afirmou o autarca que, sem ainda especificar números, apontou para vários hectares de vinha, incluída na Região Demarcada do Douro, afetadas e vários viticultores atingidos.
O autarca do distrito de Vila Real apontou para "prejuízos imensos" resultantes deste episódio de mau tempo que atingiu hoje o concelho.
Segundo Mário Artur Lopes, técnicos da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) deslocar-se-ão na quarta-feira a esta zona para fazerem uma avaliação dos estragos.
"Vamos tentar identificar tudo e perceber como é que o município pode colaborar nesta ação, o mais rápido possível", referiu.
Até porque, acrescentou, a produção de vinho é a principal fonte de rendimento da zona da Terra Quente do município.
Também neste concelho, a força da água de um ribeiro, em resultado da chuva intensa, derrubou uma ponte rodoviária de ligação entre a zona do Ratiço e a aldeia da Ribeirinha.
Esta área foi muito afetada pelo grande incêndio que afetou o município de Murça em julho de 2022.
Na página no Facebook "Meteo Trás-os-Montes" podem ver-se ainda imagens (vídeo e fotografias) de queda de granizo hoje no concelho de Alijó, nomeadamente na zona de Carlão.
As imagens mostram ainda um troço do Itinerário Complementar 5 (IC5), neste município, pintado de branco devido à intensa queda de granizo.
Por causa do granizo e chuva intensa que, no domingo, atingiu uma área de cerca de 1.600 hectares e afetou à volta de 200 viticultores, o município de Alijó já tinha anunciado que vai custear os tratamentos das vinhas afetadas principalmente nas freguesias de Castedo e Cotas e São Mamede de Ribatua.
O presidente da câmara de Alijó, José Rodrigues Paredes, referiu que "há muitas famílias com o rendimento em causa", motivo pelo qual a autarquia pretende custear na totalidade o tratamento à base de cálcio para a cicatrização das videiras.
Para o efeito, explicou, os produtores têm apenas de fazer prova da titularidade das vinhas e apresentar as faturas de compra dos produtos.
Esta linha de apoio será aprovada durante o mês de junho, em reunião de câmara.
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