Segundo José Manuel Bolieiro, face ao sucesso da tarifa Açores "está-se a prever, no período de abril até outubro, garantir mais 93 mil lugares nos voos interilhas".
"Já em 2022, bateu-se todos os recordes em termos de oferta", lembrou o chefe do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o conselho de administração do grupo SATA, que decorreu na sede da empresa, em Ponta Delgada, para assinalar o segundo aniversário da tarifa Açores.
A tarifa interilhas, criada pelo Governo dos Açores, estipula um preço de passagem aérea de 60 euros para os residentes na região, independentemente da ilha de saída ou de chegada.
Também em declarações aos jornalistas, a CEO da SATA, Teresa Gonçalves, considerou que a aposta numa tarifa de "60 euros para todos os residentes, 45 para as crianças, 13 para os bebés", é "muito bom para garantir a mobilidade de todos os açorianos entre as ilhas", tendo já sido transportados 500 mil passageiros.
Teresa Gonçalves ressalvou, contudo, que o reforço de 32 voos para assegurar os 93 mil lugares "é feito com as aeronaves que há à disposição".
Relativamente à privatização da Azores Airlines (companhia do grupo SATA responsável pelas ligações com o exterior do arquipélago), a CEO afirmou que os potenciais concorrentes são "de todos os tipos" e disse não ter ficado surpreendida com o número de empresas eventualmente interessadas, 32.
"Não fico surpreendida. Acho que é importante todos termos noção que a SATA é um grande grupo. Passamos por um processo de reestruturação, estamos a continuar este processo. Temos tido resultados muito bons em termos operacionais e financeiros. O índice de satisfação dos passageiros é muito acima da média da indústria", afirmou a CEO.
Teresa Gonçalves assumiu a presidência do conselho de administração da SATA no início de abril, substituindo no cargo Luís Rodrigues, que transitou para a administração da TAP, a convite do Governo da República.
A nova CEO está no grupo desde 2020, tendo ocupado o cargo de Chief Financial Officer (CFO).
Em junho, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo 'remédios' como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%) na Azores Airlines.
Leia Também: BE/Açores acusa Ryanair de "chantagem" devido a "ameaça" de saída de rota