O médico de saúde pública André Peralta Santos foi nomeado na segunda-feira subdiretor-geral da Saúde, em regime de substituição, entrando hoje em funções, adiantou o ministério da Saúde.
Questionado à margem do encontro de celebração do 17.º Aniversário da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, em Lisboa, sobre esta nomeação, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou que "é um médico ainda relativamente jovem, mas com uma brilhante carreira profissional e académica".
"Não tenho dúvida nenhuma que contribuirá para que a Direção-Geral de Saúde continue a fazer aquilo que nunca, em momento nenhum, deixou de fazer, ser uma instituição que garanta aos portugueses segurança e qualidade dos cuidados de saúde", vincou o ministro.
Na segunda-feira, a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) abriu o concurso urgente para diretor-geral da saúde, que será encerrado em 20 de junho.
A abertura do concurso surge poucos dias depois de se ter demitido o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, que estava a substituir a diretora-geral da Saúde durante as férias, e seis meses depois de Graça Freitas ter anunciado publicamente que pretendia deixar o cargo.
Sobre o concurso para o novo diretor-geral, Manuel Pizarro disse que está a decorrer "cumprindo a lei, com a transparência e isenção que um concurso destes deve ter", esclarecendo que é conduzido por instituição que o Ministério da Saúde não tutela.
Manuel Pizarro desejou que o concurso esteja concluído "o mais rapidamente possível", mas ressalvou que os "'timings' próprios" da CReSAP têm que ser respeitados.
Vincou, contudo, que "não há nenhuma vacatura do cargo de diretor-geral: A Direção-geral da saúde tem uma diretora-geral em plenitude de funções e tem agora um subdiretor-geral nomeado em regime de substituição".
André Peralta Santos é especialista em saúde pública desde 2015 e assistente da carreira médica no Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central desde 2016.
É ainda pós-graduado em investigação pela Harvard Business School, mestre em saúde pública pela Universidade Nova de Lisboa e doutorado em saúde global pela University of Washington, Estados Unidos da América, onde foi bolseiro Fulbright.
O novo subdiretor-geral é professor assistente convidado na Escola Nacional de Saúde Pública, onde leciona nas áreas de Epidemiologia e Ciência de Dados, desenvolvendo investigação relacionada com os impactos de choques externos nos sistemas de saúde, em particular, as consequências de doenças infecciosas com potencial epidémico ou pandémico.
Na quarta-feira, Rui Portugal demitiu-se do cargo para o qual tinha sido nomeado em agosto de 2020, confirmou Ministério da Saúde, sem adiantar as razões da demissão.
O processo de substituição de Graça Freitas tem-se prolongado e, apesar de a responsável ter anunciado publicamente em dezembro que ia deixar a liderança da DGS, só no início de maio o Ministério da Saúde enviou à CReSAP o pedido de abertura de concurso.
Em março, Graça Freitas afirmou que a decisão de deixar o cargo foi do foro pessoal.
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