António Costa chegou na terça-feira à noite a Joanesburgo, vindo de Angola, enquanto Marcelo Rebelo de Sousa está na África do Sul desde segunda-feira, dia em que deu início às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, na Cidade do Cabo.
O primeiro ponto do programa do chefe de Estado e do primeiro-ministro é uma visita ao Museu do Apartheid, em Joanesburgo, hoje de manhã.
Depois, os dois e restante comitiva -- que inclui deputados de PS, PSD, Chega, Iniciativa Liberal e PCP -- terão um almoço com a comunidade portuguesa em Joanesburgo.
De tarde, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa vão encontrar-se com estudantes na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo.
O programa conjunto de comemorações do Dia de Portugal na África do Sul terminará com um encontro com a comunidade portuguesa em Pretória.
O atual modelo de duplas celebrações do 10 de Junho, em Portugal e no estrangeiro, foi lançado por Marcelo Rebelo de Sousa no ano da sua posse, 2016, em articulação com o primeiro-ministro, António Costa. A primeira edição foi entre Lisboa e Paris.
Em 2022, por motivos de saúde, António Costa não participou nas cerimónias, que se realizaram em Braga e Londres.
A edição deste ano acontece numa altura em que primeiro-ministro e Presidente da República se distanciaram publicamente por causa da manutenção de João Galamba como ministro das Infraestruturas, na sequência de incidentes envolvendo o seu gabinete.
Ao contrário do que aconteceu nos anos anteriores, desta vez as comemorações do 10 de Junho começaram no estrangeiro, cinco dias antes da data oficial, e vão terminar em Portugal, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, onde terá lugar a cerimónia militar do 10 de Junho.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, viajou com o primeiro-ministro de Angola para a África do Sul, enquanto a ministra da Defesa, Helena Carreiras, e o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, chegaram com o Presidente da República.
Fazem também parte da comitiva do chefe de Estado o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, de onde são originários muitos dos portugueses e lusodescendentes residentes na África do Sul, o presidente da Câmara Municipal do Peso da Régua, José Manuel Gonçalves, e o presidente da comissão organizadora do 10 de Junho, o enólogo João Nicolau de Almeida.
As inscrições consulares de portugueses na África do Sul são em redor de cem mil. Quanto ao número total de população portuguesa residente neste país, há estimativas díspares, que variam entre 200 mil e 450 mil, incluindo lusodescendentes.
Leia Também: 10 Junho. Elogios ao povo e aos emigrantes nos discursos de Marcelo