Ministério e hospital receberam relatório sobre morte de grávida em 2022
O Ministério da Saúde e o Hospital de Santa Maria confirmaram hoje que receberam o relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde sobre a morte, em agosto de 2022, de uma grávida transferida para o hospital São Francisco Xavier.
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País Saúde
"Tendo o relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) sido enviado para o Ministério Público, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN) respeitará os trâmites judiciais e não comentará nesta fase as suas conclusões, que, como expresso no documento, foram alvo de devido contraditório nos prazos previstos no processo", adiantou o CHULN em comunicado.
Na quinta-feira, a TVI noticiou que o relatório "aponta três erros fatais" na assistência prestada no Hospital de Santa Maria à mulher, que veio a falecer depois de transferida para o Hospital de São Francisco Xavier.
O caso remonta ao final de agosto de 2022, quando a grávida, durante a viagem de transferência entre hospitais, sofreu uma paragem cardiorrespiratória, tendo sido realizados trabalhos de reanimação no transporte.
Segundo um comunicado do CHULN divulgado na altura, já no Hospital São Francisco Xavier a grávida foi "submetida a uma cesariana urgente", tendo o recém-nascido ido para a unidade de cuidados intensivos neonatais, enquanto a mãe "ficou internada nos cuidados intensivos, vindo a falecer".
No comunicado de hoje, o centro hospitalar confirma a receção do relatório da IGAS e garante que continuará a colaborar com as autoridades competentes sobre este caso.
"O CHULN toma em consideração as recomendações emitidas no relatório da IGAS, que serão devidamente enquadradas", adiantou ainda.
O Ministério da Saúde também confirmou à Lusa que "recebeu o relatório na terça-feira à tarde".
Este caso levou à demissão da anterior ministra da Saúde, Marta Temido, que justificou a sua saída com "a circunstância de ter acontecido um episódio que, não tendo direta relação com o desempenho assistencial do SNS, era um episódio de uma gravidade tal que era necessário que houvesse uma responsabilização".
"Como sempre disse, a primeira responsável pelas coisas que correm bem e mal no Ministério da Saúde era a ministra e, portanto, a ministra entendeu que estava criado um ambiente que exigia que houvesse uma responsabilidade pessoal e eu entendi que ela devia ser minha", disse Marta Temido na altura.
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