"Reconversão da dívida de Cabo Verde promove economia verde e azul"
Em declarações após após reunião com o primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Ulisses Correia e Silva, em São Bento, o primeiro-ministro, António Costa, saudou a assinatura do "documento inovador à escala global".
© REUTERS/Piroschka van de Wouw
País António Costa
Os governos de Portugal e de Cabo Verde assinaram esta terça-feira, um acordo para reconverter a dívida cabo-verdiana em Fundo Climático e Ambiental, que envolverá cerca de 12 milhões de euros.
Em declarações após após reunião com o primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Ulisses Correia e Silva, em São Bento, o primeiro-ministro, António Costa, saudou a assinatura do "documento inovador à escala global".
Segundo o primeiro-ministro, "a reconversão da dívida de Cabo Verde a Portugal em investimento vai servir para promover economia verde e azul".
"Este é o primeiro ou um dos primeiros instrumentos financeiros concretos em que a divida existente será convertida num financiamento existente na transição climática em Cabo Verde", acrescentou.
António Costa esclareceu ainda que em 2025 será avaliado o sucesso da operação e o acordo poderá ser alargado.
"Este é o primeiro passo de uma caminhada que queremos fazer em conjunto porque só em conjunto podemos enfrentar o desafio global das alterações climáticas", enfatizou o chefe do Governo português.
O primeiro-ministro saudou José Ulisses Correia e Silva "pelo carater inovador deste instrumento financeiro que é um grande exemplo à escala internacional".
Em janeiro, António Costa já tinha anunciado, no Mindelo, ilha de São Vicente, que todo o montante da amortização da dívida de Cabo Verde a Portugal será “integralmente investido” no fundo cabo-verdiano para o clima e transição energética, um valor que deverá atingir os 12 milhões de euros até 2025.
Por sua vez, o primeiro-ministro cabo-verdiano disse tratar-se um acordo que representa “um exemplo” e “um engajamento muito forte”, sobretudo face aos efeitos que o arquipélago já enfrenta com as alterações climáticas, nomeadamente uma seca prolongada desde 2016, além da crise económica provocada pela pandemia da Covid-19 e o impacto da crise inflacionista decorrente da guerra na Ucrânia.
De acordo com o executivo de Lisboa, Portugal é o primeiro país a participar no futuro fundo climático ambiental e entende-se que este passo representa "um sinal inequívoco do forte compromisso bilateral com Cabo Verde, esperando que este exemplo possa motivar outros países, instituições financeiras internacionais e organizações multilaterais a subscreverem este fundo".
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