O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, referiu esta terça-feira que "tem acompanhado de perto, desde o dia em que ocorreu a situação, a evolução do estado de saúde" do militar que foi hospitalizado na sequência de uma prova física do Curso de Comandos, pode ler-se numa nota publicada na página da Presidência.
O Comandante Supremo das Forças Armadas garantiu, pela mesma via, que esteve "sempre em contacto com as Chefias Militares e com os familiares" durante todo o processo. E desejou, ainda, a este comando "uma recuperação o mais rápida possível".
A posição do chefe de Estado surge já após a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, ter também ela dito estar a acompanhar "desde o primeiro momento os desenvolvimentos do estado de saúde e situação clínica do militar" que foi hospitalizado na sequência de uma prova física do Curso de Comandos, "desejando-lhe rápidas melhoras".
Em comunicado enviado às redações, a tutela esclareceu que o "militar teve necessidade de assistência médica durante uma atividade de corrida realizada no Regimento de Comandos, no dia 12 de junho".
Confirmando a versão anteriormente veiculada pelo Exército, em nota enviada às redações após questionado sobre o tema pelo Notícias ao Minuto, Helena Carreiras explicou que o militar foi "assistido pela equipa médica do Exército no local e posteriormente pelo INEM". Foi depois "transferido para o Hospital de Santa Maria, onde se encontra" atualmente.
A notícia foi inicialmente avançada pela RTP, com o Exército a confirmar, depois, que o militar foi assistido, a 12 de junho, "pela equipa médica militar", na sequência de uma prova de "marcha-corrida, com a distância de 15 quilómetros" e uma "carga de cinco quilos".
Foi acionado, a seguir, o INEM, "que concretizou a evacuação do militar para o Hospital Santa Maria", explicou a mesma fonte. O militar foi depois diagnosticado com um "golpe de calor" e "pelos riscos inerentes de falência de órgãos foi admitido nos cuidados intensivos".
"A situação neurológica aconselhou a ser induzido o coma, situação em que se mantém" desde dia 12 deste mês, explicou ainda o Exército.
O mesmo comunicado revela ainda que aquela que se trata da 139.ª edição do Curso de Comando foi provisoriamente "interrompida até à conclusão da avaliação clínica de todos os instruendos", por "determinação do Chefe do Estado-Maior do Exército". Foi ainda "iniciado um processo de averiguações" ao incidente.
O curso foi já "retomado", entretanto, após "concluída a avaliação clínica". O Exército garante ainda que foi realizada "a avaliação de marcha-corrida no passado dia 16 de junho, para a distância de 20 km e com carga de 10kg, não se tendo registado quaisquer alterações fora dos padrões definidos".
O 139.º Curso de Comandos iniciou-se a 12 de abril deste ano, contando atualmente com "22 instruendos em formação de um total inicial de 52 formandos", refere o mesmo comunicado.
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