Em declarações à Lusa, o vice-presidente do SNMOT frisou que o pré-aviso -- entre 01 e 06 de agosto -- dirige-se sobretudo a motoristas e cantoneiros, trabalhadores afetos à remoção de resíduos, mas abrange todos os trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa.
Segundo Manuel Oliveira, foi feito um pedido de reunião ao presidente da autarquia da capital, Carlos Moedas, no dia 23 de junho, mas, até agora, o sindicato não obteve resposta.
"Ao menos que nos dissessem alguma coisa. Acho que é uma deselegância", considerou o dirigente sindical.
Ainda assim, garantiu, o SNMOT continua disponível para o diálogo.
"Temos muito tempo ainda de podermos chegar a um consenso de forma a que o aviso prévio não passe disso mesmo, um aviso", salientou.
"Bem sei que o senhor presidente neste momento está assoberbado [...] com a vinda do senhor Papa, mas, compreenderá com certeza, a vida continua, quer haja, quer não haja a Jornada [Mundial] da Juventude", argumentou.
Em causa estão "situações pendentes", que "têm de ser resolvidas", explicou Manuel Oliveira, adiantando que esclarecer o conteúdo funcional dos trabalhadores afetos à remoção de resíduos é uma das pretensões.
"Há motoristas que andam com veículos [...] desacompanhados, [podendo] colocar em causa a segurança de pessoas e bens, há motoristas a desempenharem funções para as quais consideramos não estarem devidamente habilitados, tem que haver formação", exemplificou, sublinhando que estas situações "potenciam o acidente".
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
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