Em comunicado, a Câmara Municipal do Seixal, no distrito de Setúbal, explica que o realojamento da totalidade dos moradores do bairro, desenvolvido em conjunto com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Secretaria de Estado da Habitação, deverá estar concluído até ao final do ano.
Esta fase de realojamento que abrange 69 pessoas (25 famílias) decorre até sexta-feira com a consequente demolição das construções onde viviam e a limpeza integral do terreno.
Até dezembro, adianta a Câmara Municipal do Seixal, está previsto o realojamento das restantes 39 famílias.
Desde que se iniciou o procedimento em Vale de Chícharos já foram realojadas 496 pessoas/170 famílias, a que se juntam agora mais estas 69 pessoas (25 famílias).
Em janeiro 37 famílias do bairro (119 pessoas) foram realojadas, o mesmo número de realojamentos ocorrido em outubro de 2022.
O levantamento exaustivo do número de pessoas a viver no bairro foi feito em 2017.
Na altura, foi realizado o recenseamento de 234 famílias, com cerca de 750 pessoas, com direito a serem incluídas no processo de realojamento de acordo com o protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal do Seixal e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, homologado pela Secretaria de Estado da Habitação.
A autarquia explica que o modelo de realojamento adotado foi o de aquisição e reabilitação de habitações dispersas pelo município com vista a uma integração plena dos moradores na comunidade seixalense.
Para o presidente da autarquia, Paulo Silva, citado na nota, "a excelente integração das famílias já realojadas na comunidade seixalense revela que a adoção deste modelo de realojamento tem sido um sucesso".
Devido à dimensão e à complexidade deste processo, tendo em conta o elevado número de famílias e a necessidade de uma rápida demolição dos edifícios, ficou definido que este procedimento seria realizado de forma faseada.
O financiamento do realojamento resulta de verbas provenientes de uma candidatura do município ao Plano de Recuperação e Resiliência.
Leia Também: Supremo confirma despejo em edifício no Porto devido a "obras ilegais"