"Os palcos estão no calendário (...) e com a ajuda de todos tudo está dentro dos prazos e dos valores (estabelecidos), mas há coisas que nos preocupam", afirmou Américo Aguiar aos jornalistas, no final de uma visita a duas fábricas de mobiliário em Paredes, distrito do Porto.
Américo Aguiar exemplificou com o custo dos transportes, afirmando que "agora é quatro, cinco vezes mais do valor" inicialmente equacionado.
"Inicialmente tínhamos [um autocarro a] um valor de 600/700 euros por dia e agora é mais de 2.000 euros por dia", disse, apontando a "lei do mercado" como justificação para tal.
E, além do custo dos autocarros, há também "o preço de outras coisas que se cruzam com a jornada", disse.
O presidente da Fundação JMJ e coordenador-geral apelou para que se acredite "naquilo que é a grandeza e o positivo" da jornada acontecer em Portugal.
"Depois da JMJ, estou convencido que até os mais renitentes se vão converter ao positivo que é termos jovens do mundo inteiro no país, a pensarem na sua vida, no seu futuro e no mundo", e a serem "embaixadores de Portugal" nos seus países, disse.
Afirmou também ter a certeza de que há muito investimento realizado por autarquias e outros setores de atividade que "vai ser utilizado no dia seguinte à JMJ, na melhoria dos serviços públicos prestados aos cidadãos".
"Há um encargo, há um investimento, mas dentro de dias teremos resultado do estudo do impacto da JMJ e estou muito curioso" quanto a esses números, destacou.
Sobre se o número de voluntários inscritos é já o suficiente, o bispo afirmou que sim, porque o desenho inicial apontava para cerca de 30 mil e atualmente há já mais de 28 mil inscritos.
"Temos de agradecer a voluntários, famílias de acolhimento (...) tudo o que foi desenhado é arranjado (...) O sistema é elástico e permite adaptar à realidade", disse.
Quanto a peregrinos, afirmou que já foram ultrapassados os 320 mil jovens inscritos, mas este número deverá aumentar, porque "por cada inscrito poderão participar mais dois ou três".
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 01 e 06 de agosto em Lisboa, sendo esperados cerca de 1,5 milhões de pessoas.
A edição deste ano contará com a presença do Papa Francisco, que estará em Portugal entre 2 e 6 de agosto.
A JMJ de Lisboa esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
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