O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, escusou-se, esta quinta-feira, a pronunciar-se sobre o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP, revelando que planeia ler o documento definitivo e, caso tenha “coisas a dizer”, falará primeiramente ao Conselho de Estado. Só depois, consoante esse primeiro passo, virá a público.
“Vou esperar pelo texto definitivo”, disse, taxativamente, quando questionado sobre a sua apreciação do documento resultante da CPI à TAP, hoje votado.
Ainda assim, o chefe de Estado equacionou que, apesar de se tratar de um trabalho parlamentar, que não é seu encargo, poderá, enquanto presidente, “pronunciar-se”, tendo em conta que o tema se prende com a gestão da TAP.
“A minha ideia é a seguinte: vou ler o relatório e, sobre esse tema, se tiver coisas a dizer, direi, em primeiro lugar, ao Conselho de Estado, que vai reunir daqui a uma semana. Depois, digo publicamente”, apontou.
De notar que, apesar da inclusão de cerca de 40% das propostas apresentadas pelo Bloco de Esquerda (BE), pelo Partido Comunista Português (PCP), pelo Chega e pelo Partido Socialista (PS), apenas este último deverá dar 'luz verde' ao relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP.
Isto porque, esta quinta-feira, a oposição reforçou as críticas feitas na apresentação do documento preliminar, tendo destacado a ausência de referência aos incidentes no Ministério das Infraestruturas, assim como à ingerência política na gestão da TAP.
O PCP foi o partido que teve mais propostas acolhidas, alcançado as 30. Já o PS, o Chega e o BE viram seis alterações integradas cada um, enquanto o PSD e a IL decidiram não apresentar propostas, tendo dado apenas conta das suas conclusões.
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