Formação é fulcral para atrair jovens para Forças Armadas, diz ministra
A ministra da Defesa Nacional sustentou hoje que a qualificação e a formação profissional são "fatores primordiais" para atrair os jovens para a carreira militar, reconhecendo que o setor enfrenta "desafios complexos", em particular na retenção desses profissionais.
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País Forças Armadas
"Não tenhamos dúvidas: a perspetiva de adquirir competências especializadas e reconhecidas no mercado de trabalho - aliada ao orgulho e sentido de dever em servir o país - são importantes ferramentas motivacionais para os nossos jovens", afirmou Helena Carreiras na cerimónia de assinatura de um protocolo de cooperação entre a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Alverca.
Este protocolo visa concluir o alinhamento da formação conferida pelas Forças Armadas com o Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), desenvolve ações de formação inicial e contínua entre entidades da Defesa e o IEFP e procura certificar os regimes de voluntariado nas Forças Armadas como estágio profissional.
No seu discurso, Helena Carreiras afirmou que o Governo definiu "o objetivo contínuo de recrutamento de candidatos qualificados e motivados para as Forças Armadas", salientando que a "competitividade do mercado de trabalho civil" exige uma "abordagem estratégica" para conseguir atrair jovens para a carreira militar.
"A formação e a qualificação profissional são fatores primordiais para despertar o interesse e confiança dos potenciais candidatos ao serviço militar", referiu.
A governante defendeu que o alinhamento das formações conferidas pelas Forças Armadas com o SNQ, permite "valorizar devidamente o serviço militar, a carreira militar e os militares", sendo não só "um importante fator motivador, como também fomenta a retenção" dos profissionais.
"O reconhecimento oficial das competências, aliado à transparência e comparabilidade das qualificações, confere uma perspetiva sólida e atrativa para o desenvolvimento de uma efetiva carreira durante a prestação do serviço militar", argumentou.
Helena Carreiras admitiu que o setor da Defesa enfrenta "desafios complexos", em particular no que se refere à "atração e retenção de jovens qualificados, a atualização constante de conhecimentos e competências, bem como a harmonização dos processos formativos entre as várias entidades da Defesa e o SNQ".
Neste contexto, a governante sustentou que "o alinhamento da formação ministrada pelas diferentes entidades da Defesa Nacional pode e deve constituir um pilar fundamental para a profissionalização do serviço militar".
Foi com esse objetivo, prosseguiu a ministra, que em abril o Governo promoveu a revisão do Plano de Ação para a Profissionalização do Serviço Militar ou que, na semana passada, aprovou a estratégia de alinhamento das qualificações da Defesa Nacional para o período 2023-2025.
"Se conseguirmos garantir capacidades operacionais reforçadas, profissionais altamente qualificados e um recrutamento atrativo, estaremos mais preparados para garantir a segurança e defesa do país, e para o dar o nosso contributo conjunto para o desenvolvimento de Portugal", concluiu.
Por sua vez, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, destacou que os militares das Forças Armadas que queiram ir para o mercado de trabalho estão numa situação "particularmente privilegiada", porque os empregadores lhes reconhecem vários 'soft skills', como "obedecer a uma linha de comando, perceber a importância de planear ou saber adaptar-se a novas circunstâncias".
Apesar disso, Miguel Fontes salientou que, a esses 'soft skills', é necessário também aliar "competências mais técnicas" para valorizar os militares que queiram ingressar no mercado de trabalho, razão pela qual considerou importante o protocolo hoje assinado com o IEFP.
"Não há nenhum empregador que não gostaria de somar a um ex-militar a sua formação técnica como garantia de ser um excelente recurso que necessitará de empregar", frisou.
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