O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, revelou que, até ao momento, não há registo de danos materiais ou humanos na sequência do incêndio que deflagrou, esta terça-feira, numa zona de povoamento florestal em Alcabideche, Cascais.
"Não temos informação, nem registámos nenhum dano material ou humano", disse o autarca, em declarações à SIC Notícias.
"Não há registo de qualquer ferido e não há casas que estejam em perigo embora, numa situação desta natureza, essa informação pode mudar em qualquer momento. Mas, neste momento, não tivemos casas em perigo", acrescentou.
À semelhança do que já tinha sido explicado, Carlos Carreiras notou que o fogo se aproximou de algumas casas e, "por precaução", alguns cidadãos foram retirados das localidades do Zambujeiro e do Cobre.
Segundo o autarca, "foram deslocadas menos de 10 pessoas", que se encontram num pavilhão municipal, "onde estão a ter todo o acompanhamento".
O presidente da Câmara de Cascais disse que houve também necessidade de evacuar uma zona onde estava "um grupo de escuteiros nacionais espanhóis", no momento em que o fogo deflagrou.
Ainda em declarações ao canal, e quanto à situação do hospital de Cascais, Carlos Carreiras garantiu: "O hospital de Cascais não correu, não corre e não é previsível que venha a correr qualquer tipo de risco relacionado com o fogo".
Segundo o autarca, o que afetou aquela unidade hospitalar foi "o fumo", mas foram tomadas "as devidas precauções". O hospital "fechou tudo o que eram entradas de ar", como janelas, e o próprio sistema de ventilação, cortando assim "a captação de ar a partir do exterior".
De realçar que mais 800 animais também foram retirados de canis do município e da Associação São Francisco de Assis.
Interrogado sobre as recomendações que faz à população, Carlos Carreiras referiu que "a principal é que mantenham a serenidade, tanto quanto possível". Além disso, devem ainda "cumprir as orientações que estão a ser dadas" pelas força de segurança e Proteção Civil.
Note-se que a Autoestrada 5 (A5), que liga Cascais a Lisboa, foi cortada entre os nós de Alvide e Cascais, nos dois sentidos.
Por volta das 21h40, segundo Carlos Carreiras, estavam no teatro de operações 658 operacionais e 176 meios terrestres. Devido ao anoitecer, os meios aéreos - que chegaram a ser 22 - não estavam a combater as chamas.
Pelas 19h30, o comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, reconheceu à Lusa que o combate será dificultado pelo vento e pela "necessidade constante de reposicionar meios".
Outra fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa indicou ainda que um bombeiro sofreu ferimentos ligeiros por inalação de fumos.
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