"Vimos exemplos muito, muito bons de como um geoparque deve funcionar, como se deve colaborar com seus parceiros. Tem um órgão de gestão que trabalha muito de perto com a comunidade local em benefício dela e é isso que procuramos num geoparque", disse Ílias Valiakos, que integra a equipa da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
A missão de avaliação concluiu hoje a visita de uma semana à região.
O responsável salientou "o grande potencial" da região Oeste não só pela sua posição estratégica, capaz de atrair visitantes, mas também pelas infraestruturas criadas "sem perturbar o ambiente ou invadir o território".
Contudo, destacou por seu lado Allyson Pinheiro, há sempre melhorias a fazer no território.
"Esse é o desafio: melhorar as coisas para a comunidade respeitando a sua cultura, natureza, património geológico, para ser promotor do desenvolvimento, sem trazer perigos", afirmou, alertando para a necessidade de manter um território sustentável.
Em 2022, os seis municípios que integram a Associação Geoparque Oeste formalizaram a candidatura à Comissão Nacional da UNESCO e aguardam por resultados no primeiro semestre de 2024.
A Rede de Geoparques Mundiais da Unesco foi criada em 2004 e conta atualmente com 195 geoparques distribuídos por 48 países do mundo.
Em Portugal existem cinco geoparques mundiais da Unesco: Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Estrela.
A Associação Geoparque Oeste inaugurou há um mês o respetivo centro interpretativo na antiga escola do primeiro ciclo do Bombarral.
O Geoparque Oeste é gerido pela AGEO -- Associação Geoparque Oeste, constituída pelos municípios de Lourinhã, Torres Vedras, Caldas da Rainha, Peniche, Bombarral e Cadaval.
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