Defesa? "Estamos empenhados em garantir que tudo seja esclarecido"
A ministra da Defesa garantiu hoje estar empenhada em que tudo seja esclarecido sobre a existência de uma alegada "comissão fantasma" integrada pelo ex-secretário de Estado Marco Capitão Ferreira.
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País Defesa
"Estamos empenhados em garantir que tudo seja esclarecido. O que tiver que ser corrigido será corrigido", afirmou Helena Carreiras aos jornalistas, depois de uma manhã dedicada inteiramente à Autoridade Marítima Nacional.
A governante reafirmou que é necessário deixar as instituições fazerem o seu trabalho.
"Temos instituições a fazer o seu trabalho, temos o Ministério Público, há uma investigação em curso, temos a Inspeção-Geral da Defesa Nacional, a quem pedi também um conjunto de inspeções, há o Tribunal de Contas que está também envolvido. Portanto, temos que dar tempo a estas instituições para fazer o seu trabalho com tranquilidade e rigor", referiu.
Helena Carreiras reagia à notícia divulgada na quinta-feira pela revista Visão segundo a qual, entre fevereiro e março de 2019, Marco Capitão Ferreira assessorou a Direção-Geral de Recursos e Defesa Nacional no contrato relativo aos helicópteros EH-101 ao mesmo tempo que trabalhou para o gabinete do então ministro da Defesa, integrado numa alegada "comissão fantasma" que tinha como objetivo realizar um estudo.
Segundo a ministra da Defesa, é preciso requalificar as instituições e tomar medidas de prevenção e de formação relativamente a um conjunto de aspetos.
"E é isso que eu tenho procurado fazer, não apenas reagir à posteriori, fiscalizando e inspecionando o que é muito necessário, mas pensando no que temos que fazer para reforçar as nossas instituições, reorganizando-as se necessário, como vou fazer", sublinhou.
Questionada sobre se mantinha a confiança no Ministério da Defesa, Helena Carreiras foi perentória em dizer que sim.
E acrescentou: "Com certeza que tenho confiança no Ministério da Defesa. As pessoas que trabalham no Ministério são pessoas motivadas e qualificadas".
Marco Capitão Ferreira demitiu-se de secretário de Estado da Defesa no início de julho, no dia em que foi constituído arguido no âmbito da operação 'Tempestade Perfeita', suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio, e alvo de buscas, que também ocorreram nas instalações da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional.
Marco Capitão Ferreira tomou posse como secretário de Estado da Defesa Nacional em março de 2022, desde o início do atual Governo, e antes foi presidente do conselho de administração da idD Portugal Defence, a 'holding' que gere as participações públicas nas empresas da Defesa -- cargo que assumiu em 2020 e para o qual foi nomeado por Gomes Cravinho.
Na audição no parlamento, na passada sexta-feira, o antigo ministro da Defesa e atual ministro dos Negócios Estrangeiros assegurou que não indicou Marco Capitão Ferreira para a polémica assessoria prestada à Direção-Geral de Recursos da Defesa, remetendo a responsabilidade para o antigo responsável Alberto Coelho.
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