"O retorno é visível, só não vê quem não quer. O problema é que normalmente as coisas positivas, mesmo para a comunicação social, vocês agarram, sobretudo, as coisas que eventualmente dão polémica e, se não há polémica, inventa-se uma polémica", disse.
À entrada para o Centro Cultural de Belém, onde estará ainda hoje o Papa Francisco, Isaltino Morais partilhou com os jornalistas que tem sentido "um movimento extraordinário" de peregrinos.
"Ainda ontem [terça-feira] andei até às duas da manhã em Oeiras e, realmente, é uma situação inovadora, não é vulgar vermos todo este movimento", referiu.
No seu entender, este é "um acontecimento único para a vida das pessoas", que se traduz num retorno "em todos os sentidos" e que "não se pode reduzir a materialismo puro".
"A verdade é esta: o retorno que a Jornada Mundial de Juventude tem é incalculável, até do ponto de vista imaterial da vida das pessoas, daquilo que é o futuro dos jovens, desses milhares e milhares de jovens que, com certeza absoluta, vão fazer com que a humanidade seja muito melhor daqui a 30 ou 40 anos", evidenciou.
Questionado sobre os ajustes diretos realizados no âmbito da JMJ, o autarca de Oeiras defendeu que estes são procedimentos absolutamente legais.
"O ajuste direto é para ser aplicado em circunstâncias temporais de urgência. Se é um acontecimento para daqui a quatro ou cinco meses, não se pode fazer concurso público", concluiu.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa na JMJ, que começou na terça-feira e termina no domingo.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a jornada nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II (1920-2005), após um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
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