Incêndio em Castelo Branco continua "ativo" com "4 pontos mais críticos"

Autoridades dizem que o "foco é não deixar haver novas reativações".

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Notícias ao Minuto com Lusa
06/08/2023 12:45 ‧ 06/08/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

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Incêndios

A Autoridade Nacional de  Emergência e Proteção Civil (ANEPC) revelou, este domingo, que o incêndio que deflagrou na sexta-feira em Castelo Branco, e que se estendeu ao concelho vizinho de Proença-a-Nova, continua "ativo" e tem, neste momento, "quatro pontos mais críticos".

Num novo ponto de situação sobre o incêndio, o 2.º Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil, José Guilherme Marcos, revelou que se está "a conseguir manter aquilo que é a estabilização" do perímetro de incêndio, "que já vai com 60 quilómetros de perímetro".

"Estamos a falar de uma área muito grande", notou, destacando ainda que esta área tem "pelo meio muitas povoações", dispersas, um dos "constrangimentos" para os operacionais.

Ainda assim, "não houve necessidade [durante a noite] de evacuações". "Muitas habitações devolutas e anexos foram danificados, mas felizmente não há primeiras ou segundas habitações danificadas", sublinhou.

Segundo o responsável, há a registar, contudo, "11 feridos ligeiros".

"A área ardida estimada é de 7.000 hectares, mas o potencial deste incêndio aponta para mais de 20 mil hectares. Neste momento, o nosso foco é não deixar haver novas reativações, que tenham um período de extinção superior a 15 minutos", acrescentou, explicando que se mantém no local uma "parelha de aviões e monitorização armada sobre o incêndio" para o caso de haver uma "reativação mais forte".

Segundo o Comandante, há "quatro pontos mais críticos, a merecer maior atenção".

José Guilherme adiantou que no terreno vão manter-se os mais de mil operacionais. Os quatro pontos quentes são entre Pedra Altar e Foz do Cobrão, a oeste de Gaviãozinho, a este de Carregais e entre Catraia Cimeira e Aldeia Cimeira", todos no concelho de Proença-a-Nova.

"Tirando estes quatro pontos, o incêndio não oferece, para já, maior preocupação, mas vamos manter o ponto de situação do incêndio como ativo", afirmou, ressalvando que vai entrar "num período em que" as "encostas" estão "todas voltadas a sul" e "expostas a temperaturas muito quentes".

O segundo comandante da Proteção Civil adiantou ainda que neste momento não existem quaisquer vias de comunicação interditas ou encerradas à circulação rodoviária, mas deixou um apelo para que as pessoas utilizem essas vias só em caso de necessidade, uma vez que continuam por lá a circular muitas viaturas da Proteção Civil e de outras entidades que se encontram no combate ao incêndio.

"O combate está a evoluir muito favoravelmente e prevemos que nas próximas horas, a manter-se assim, no final do dia façamos uma nova avaliação. Tudo depende das condições meteorológicas e do vento, sobretudo. O foco vai ser nos quatro pontos para evitar reativações mais fortes", concluiu.

O incêndio, recorde-se, deflagrou na tarde de sexta-feira, na localidade de Carrascal, Santo André das Tojeiras, concelho de Castelo Branco, e progrediu para o concelho vizinho de Proença-a-Nova.

Segundo o site oficial da Proteção Civil, pelas 12h37, estavam no terreno 1.125 operacionais, apoiados por 386 veículos terrestres e três meios aéreos.

[Notícia atualizada às 13h00]

Leia Também: Com chamas a devastar Castelo Branco, PAN pede que Governo "atue"

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