Num comunicado enviado à Lusa, a empresa pública Siresp S.A., que comanda e coordena a rede de comunicações de emergência e segurança do Estado, informou que os dados recolhidos mostram que a rede do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) tem "redundância de transmissão, de cobertura (terrestre e satélite) e energética na região de Odemira, assente em grupos geradores".
"A rede não regista qualquer problema de abastecimento de energia: nem na alimentação elétrica normal, nem nas baterias ativadas quando a energia falha nem nos grupos de geradores que são mobilizados antes de as baterias se esgotarem", precisou a empresa, adiantando que a rede SIRESP assegura neste momento a cobertura da área do incêndio rural de Odemira através das Estações Base de Odeceixe, São Teotónio, Alto do Foia e de uma estação móvel.
Segundo a Siresp S.A, entre as 14h00 de sábado e as 09h00 de hoje, a rede registou 224.906 chamadas, verificando-se apenas "situações pontuais de congestionamento", com um tempo de atraso médio de 1,94 segundos e um tempo de atraso máximo de 26 segundos.
A empresa indicou também que podem surgir "dificuldades pontuais" quando "razões de segurança impossibilitam a colocação de estações móveis em zonas sombra onde o fogo está a progredir", sendo recomendado, nestas situações, que os operacionais utilizem o modo de comunicação direto.
O último balanço feito pela Proteção Civil indica que o incêndio rural que deflagrou no sábado em Odemira foi dominado hoje às 10h15, mas ainda há pontos que merecem atenção, sobretudo na frente sul, prevendo-se muitas reativações ao longo do dia.
De acordo com o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, Vítor Vaz Pinto, a área ardida do incêndio de Odemira, que depois alastrou para o Algarve, é de cerca 8.400 hectares.
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