No culminar de uma visita oficial de dois dias à Ucrânia, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o protagonista de vários momentos marcantes. Depois de, na quarta-feira, ter sido o primeiro chefe de Estado estrangeiro a entrar numa trincheira, em Moshchun, Marcelo continuou a tendência a que já nos habituou de quebrar o protocolo de segurança ao conversar com os habitantes, passear pelas ruas emblemáticas de Kyiv e, claro, tirar selfies.
Pelo meio, considerou que a presumível morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, é "completamente irrelevante" para a guerra na Ucrânia, tendo, ainda, endereçado um convite ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Contudo, a grande surpresa chegaria durante as comemorações do 32.º Dia da Independência, nas quais o Presidente português discursou em ucraniano diante do chefe de Estado daquele país invadido pela Rússia e dos seus militares.
"Parabéns, Ucrânia! Portugal estará, e está, sempre com a vossa independência", disse, tendo sido várias vezes aplaudido, ao afirmar que o futuro do país será "na União Europeia (UE) e na NATO".
E salientou: "Sem a vossa legítima defesa não haverá paz e segurança na Europa."
O Presidente da República dirigiu-se hoje em ucraniano ao homólogo Volodymyr Zelensky e militares para assegurar que Portugal vai apoiar sempre a independência do país que há ano e meio está a combater uma invasão russa.
Lusa | 10:11 - 24/08/2023
Na mesma linha, o chefe de Estado atirou que a integração da Ucrânia na UE "é um caminho de duas partes" e, da parte de Portugal, "não há um duplo jogo".
"Espero que fique claro que quando o Presidente de Portugal diz que esse é o objetivo, está dito, não há ninguém acima do Presidente que possa dizer coisa diferente nessa matéria”, reiterou.
Já numa cerimónia privada, Marcelo condecorou Zelensky com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade, tendo, além disso, convidado o homólogo ucraniano a visitar Portugal.
"O que posso dizer neste momento é que tenho esperança de o ver mais rapidamente do que pensava em Portugal", disse, em declarações aos jornalistas na rua Khreshchatyk, em Kyiv, no final de sua visita.
E questionou: "Quem é que não tem o desejo de voltar a Kyiv?"
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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