O ministro da Educação, João Costa, esteve, esta segunda-feira, na inauguração de uma escola na Charneca da Caparica, em Almada, falando sobre a contratação de professores, assumindo que o país (e vários outros países do mundo) estão a passar por uma fase de "carência" de docentes.
"O Governo inscreveu no seu programa, como prioritário, várias medidas que visam a curto, médio e longo prazo dar resposta a um problema identificado de carência de professores, que é um problema que não é só de Portugal, é um problema que está a afetar a generalidade de países do mundo, portanto, medidas de reforço na formação de professores, porque nós não teremos novos professores se não forem formados por instituições de ensino superior", começou por dizer João Costa em declarações aos jornalistas.
O ministro garantiu que há "uma procura crescente dos cursos" na área da Educação, pelo que, neste momento, é necessário "dar capacidade formativa às instituições de ensino superior".
"Temos também de passar esta mensagem positiva, porque durante muitos anos ouvia-se dizer que não valia a pena estudar para ser professor, a resposta dos jovens, tendo percebido que há ofertas de trabalho, é de procura crescente", salientou João Costa.
O responsável pela pasta da Educação afirma que a falta de um único professor "é um assunto grave" e, nesse seguimento, o Governo está a "agilizar procedimentos".
"Há pouco tempo, tivemos um governo que dizia que tínhamos professores a mais, há um ano e meio tivemos um líder de um partido em campanha eleitoral a dizer que havia professores a mais, na altura o líder do PSD, Rui Rio. Portanto, houve uma mensagem construída que Portugal não precisava de professores quando nós já sabíamos que eram precisos. Agora o que nos interessa é mobilizar jovens para virem para esta profissão, dar resposta as necessidades das escolas e ir suprindo estas necessidades todos os dias", concluiu o ministro.
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