O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, reagiu, esta quarta-feira, ao protesto levado a cabo por ativistas climáticos que 'bloqueou' a realização do Conselho de Ministros, tendo ressalvado que "todos os jovens que se manifestam pelo clima e pelo seu futuro" devem ser "respeitados", uma vez que "são fundamentais para o progresso sustentável de que todos precisamos".
Numa publicação na rede social Facebook intitulada "Sobre os protestos dos ativistas climáticos junto ao Conselho de Ministros e a importância da luta pelo Clima", o responsável reconheceu o seu papel no que diz respeito ao avanço da política climática, ao mesmo tempo que salientou que esta luta "tem estado no centro da ação governativa".
"O meu papel enquanto Ministro do Ambiente e da Ação Climática de um governo de esquerda e ecologista é fazer avançar a política climática. A política climática tem estado no centro da ação governativa e do Conselho de Ministros, como recentemente ficou demonstrado, quando, a 30 de junho deste ano, se aprovou a revisão do Plano Nacional de Energia e Clima, que antecipa em quatro anos, para 2026, o objetivo de atingir 80% de incorporação de renováveis na produção de eletricidade e, assim, abrir caminho à antecipação da neutralidade carbónica, como consta da Lei de Bases do Clima", argumentou, na mesma nota.
Nessa linha, Duarte Cordeiro sublinhou que "os protestos de ativistas climáticos e de milhares de estudantes têm alertado Governos e empresas para a necessária ação climática, mobilizando a sociedade a agir com mais ambição", assegurando que "respeitamos todos os jovens que se manifestam pelo clima e pelo seu futuro", já que "são fundamentais para o progresso sustentável de que todos precisamos".
"Acelerar a transição para energias renováveis é um imperativo por razões ambientais, de soberania e económicas. Este ano, Portugal está a reduzir o consumo de gás em cerca de 20%, ao mesmo tempo que acelera a instalação de maior capacidade renovável, essencialmente fotovoltaica", disse ainda.
Recorde-se que a reunião do Conselho de Ministros, que estava marcada para as 9h30 desta manhã, foi 'bloqueada' por cerca de 20 jovens do movimento estudantil Fim ao Fóssil, que estiveram estiveram amarrados aos portões das instalações, em Algés.
Segundo avançou ao Notícias ao Minuto a porta-voz do movimento, Catarina Bio, pelo menos 17 jovens foram detidos. O Notícias ao Minuto contactou a Polícia de Segurança Pública (PSP), por forma a confirmar esta informação, e aguarda resposta.
[Notícia atualizada às 13h19]
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