Esta foi a segunda moção do Chega ao XXIII Governo Constitucional e a terceira ao Governo de maioria absoluta liderada por António Costa.
Tal como estava pré-anunciado, o debate da moção de censura, intitulada "Por um país decente e justo, pelo fim do pior Governo de sempre", terminou ao fim de mais de três horas e meia com um 'chumbo', desfecho que impedirá o Chega de voltar a recorrer a este instrumento parlamentar até ao final da atual sessão legislativa, que se estende até setembro de 2024.
Os resultados foram anunciados pelo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva: votos contra de 131 deputados, 62 abstenções e 17 votos a favor.
"A moção de censura foi assim rejeitada", disse, num anúncio recebido com um aplauso de pé por parte da bancada do PS.
A anterior moção de censura do Chega, apresentada na primeira sessão legislativa, em julho do ano passado, tinha sido rejeitada com uma votação semelhante, apenas com um voto diferente por parte da bancada da IL, que se absteve nessa ocasião.
Em janeiro deste ano, foi a vez de a IL levar a votos uma moção de censura ao atual Governo, que foi chumbada com votos contra do PS, PCP e Livre e abstenções do PSD, BE e PAN. O Chega foi o único grupo parlamentar a acompanhar os liberais no voto favorável.
Na apresentação da moção de censura, pré-anunciada com meses de antecedência, o líder do Chega, André Ventura, justificou que é preciso derrubar "o pior Governo de sempre", apontando falhas na saúde, habitação, justiça ou na gestão do dossiê da TAP.
"A acelerada degradação do espaço político, promovido pelo Governo liderado por António Costa, está a provocar um descrédito irremediável nas instituições políticas portuguesas", lê-se na moção de censura proposta pelo partido.
[Notícia atualizada às 18h58]
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