A caravana promovida pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que pretende alertar o Governo para os problemas dos médicos em Portugal, prossegue pelo país.
Segundo a federação, "tornou-se evidente que os médicos não vão recuar e não vão aceitar violar o seu compromisso profissional com os utentes a troco de uma obediência ilegal e irresponsável com a incompetência do Ministério da Saúde". Assim, e segundo comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o número de médicos que se recusam a exceder as 150 horas suplementares dispara em todo o país.
Com o avanço da caravana e o "agigantar do número de médicos que não querem continuar a trabalhar além dos limites que a lei determina", a FNAM diz que aumentou também a "pressão, ilegítima e ilegal, para tentar condicionar a vontade expressa dos médicos, que entendem, e bem, que recusar trabalhar exaustos é a melhor forma de protegerem os seus utentes".
Por isso mesmo, a FNAM diz ter denunciado a intenção do Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) de "escalar médicos que já tinham manifestado indisponibilidade para fazer mais do que as 150 horas extraordinárias anuais legalmente previstas".
A Caravana da FNAM, iniciada no Porto, na flashmob realizada no Simpósio da Organização Mundial da Saúde, já passou por Viana do Castelo, Penafiel, Guarda e Viseu. Seguem-se Leiria e Coimbra, nos próximos dias 28 e 29 respetivamente, dando depois início às etapas organizadas no Sul do país.
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