Marcha em Sines para exigir "justiça ambiental" no litoral alentejano

Diversos coletivos e associações convocaram para quinta-feira uma marcha de protesto, em Sines, no distrito de Setúbal, para exigir "justiça ambiental e social" para o litoral alentejano, que entendem estar a ser sacrificado por interesses económicos.

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Lusa
04/10/2023 15:25 ‧ 04/10/2023 por Lusa

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Marcha

O encontro seguido de uma marcha intitulada "Tirem as mãos do Litoral Alentejano" é organizada por 18 coletivos e associações da região, entre eles Dunas Livres, Empregos para o Clima, GAIA-Alentejo, Juntos pelo Cercal, Juntos pelo Sudoeste, Movimento Cívico pela Defesa da Lagoa de Santo André e SOS Rio Mira.

Em comunicado, referem que, com esta ação, pretendem lutar por "um caminho com justiça, igualdade e democracia" que "responda à urgência climática e à crise social, proteja o património natural, os recursos e a vida das pessoas".

"É conhecida a dimensão do sacrifício a que este território tem sido sujeito, com consequências cada vez mais indisfarçáveis", sublinham.

No documento, os ativistas explicam que durante a ação de protesto, que tem início às 10:30 no Jardim das Descobertas, querem alertar "para o turismo de luxo que destrói dunas selvagens, a usurpação da água e esgotamento dos aquíferos [e] o ressurgimento de projetos mineiros".

Também a "eliminação de sistemas agroalimentares e florestais para instalar megacentrais fotovoltaicas ou o abate indiscriminado de sobreiros" motivam esta marcha, que vai percorrer várias artérias da cidade de Sines.

O evento inclui a realização de uma assembleia de movimentos, pelas 11:00, seguida de uma marcha até ao Jardim da República, no centro da cidade de Sines, no litoral alentejano.

Na iniciativa querem ainda alertar para a "indignidade no transporte marítimo de animais vivos, o modelo agrícola intensivo, degradando irreversivelmente as terras e agravando o estado de seca severa, as criminosas fábricas de bagaço de azeitona [e] a falsa e injusta transição no Complexo Industrial de Sines".

"O desrespeito pelo património natural, como a Lagoa de Santo André, a precariedade, a mão-de-obra escrava, a delapidação dos serviços públicos, a especulação e a interioridade", são outras das questões denunciadas pelos coletivos.

Leia Também: Rota Sines-Brasil reduz viagem de olhos postos no hidrogénio verde e Mercosul

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